O IFAL E AS MUDANÇAS APÓS A REFORMA DO ENSINO MÉDIO.

Autores

Palavras-chave:

Reforma do ensino médio, educação profissional e tecnológica, institutos federais.

Resumo

Neste trabalho buscamos problematizar as políticas públicas direcionadas para a reformulação do ensino médio a partir da edição da Medida Provisória n. 746/2016 e posteriormente a lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que fez alterações na Lei de Diretrizes e Bases – LDB, lei n. 6.936 de 20 de dezembro de 1996, referentes a estruturação da educação básica no país, afetando milhões de pessoas. Para compreender como a reforma do ensino médio afeta a classe trabalhadora utilizamos como referencial teórico-metodológico o método do materialismo histórico-dialético que permite fazer o movimento processual entre a teoria e o método no processo de pesquisa além da apresentação dialética do real em suas contradições e em sua historicidade (TORRIGLIA, 2004). A partir do pensamento de István Mészáro será possível compreender a operacionalização da “reforma” do ensino médio no Brasil, pois sua obra estuda de maneira profunda os “reformismos retrógrados” que se apresentam constantemente na forma de políticas educacionais e o impacto das mesmas na formação dos sujeitos(MÉSZÁROS, 2008, p. 35). Por esta senda, pretendemos relacionar a reforma do ensino médio prevista na lei 13.415/2017 como impedimento à classe trabalhadora do acesso ao conhecimento uma vez que a atual reforma não supera a lógica do capital, ao contrário, reproduz o modelo dominante do capital atendendo aos interesses neoliberais.  Para Galdêncio Frigotto a reforma de ensino médio liquida a dura conquista do ensino médio como educação básica universal para a grande maioria de jovens e adultos. Para esse autor, ao fazer mudanças na organização e oferta do ensino médio os mais prejudicados serão os que estão socialmente em condições mais precárias e que dependem das escolas públicas para terem acesso ao conhecimento sendo esses a maioria dos que estão matriculados nessa etapa da educação básica (FRIGOTTO, 2019).Assim, a temática da reforma do ensino médio apresenta-se com grande relevância de estudos e reflexões. Modificações na educação permanecem como uma das principais pautas do atual governo e os profissionais da educação pouco têm participado da execução das alterações implementadas. Nesse sentido, faz-se mister compreender o cenário atual, as propostas apresentadas e o desafio de buscar um modelo de educação integradora, politécnica e omnilateral(FREIRE, 2014).  Desta forma, pretendemos verificar como a reforma do ensino médio modifica a oferta dos cursos de nível médio integrados ao profissionalizante pelos Institutos Federais a partir do estudo de caso dos cursos ofertados pelo Instituto Federal de Alagoas - IFAL.  Trata-se, portanto, de uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo(YIN, 2010). Para fazer essa análise aplicamos questionários eletrônicos aos docentes e discentes do ensino médio do IFAL. Todos os questionários foram anônimos, sem quaisquer formas que permitam a identificação dos participantes.  Esses dados serão trabalhados de forma estatística.

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Biografia do Autor

Ana Felix, Centro Universitário Tiradentes / AL

Estudante de psicologia na Universidades Tiradentes/ AL

Georgia Valéria Nunes, IFAL/UNIT

Coorientadora, aluna do doutorado SOTEPP-UNIT

Pedro Simonard, UNIT

Orientador do projeto.

Referências

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996 dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 17 de

fevereiro de 2017.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. (57ª ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2014.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Reforma do ensino médio do (des) governo de turno: decreta-se uma escola para os ricos e outra para os pobres. Movimento-Revista de Educação, n. 5, 2017. Disponível em Acesso em 8 de jan. de 2019.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. 2ª ed. São Paulo: Boitempo, 2008.

à pesquisa em Ciências Social: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

TORRIGLIA, P. L. A Formação docente no contexto histórico-político das Reformas Educacionais no Brasil e na Argentina. Florianópolis. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, 2004. Disponível em <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/86723> Acesso em 8 de jan. de 2019.

YIN, Robert K. Estudo de Caso: planejamento e método. 4ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

Felix, A., Nunes, G. V., & Simonard, P. (2021). O IFAL E AS MUDANÇAS APÓS A REFORMA DO ENSINO MÉDIO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15046

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PIBIC/FAPEAL - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas