O USO DO INSTAGRAM COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO SEXUAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO CRIADORA DE CONTEÚDO DIGITAL

Autores

  • Ágata Silva dos Santos Centro Universitário Tiradentes - UNIT/AL

Palavras-chave:

Psicologia, Sexualidade feminina, Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

Resumo

 Introdução: Sendo uma importante ferramenta para promover saúde, combate a violência sexual, direitos reprodutivos, entre outros aspectos, a educação sexual ainda é considerada uma polêmica no Brasil, vista como um tabu e de maneira preconceituosa, pois é interpretada, na maioria das vezes, como uma forma de “ensinar” práticas sexuais explicitamente, sobretudo tratando-se de crianças e adolescentes tendo ainda mais repressão quando se fala da sexualidade feminina. Com a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), profissionais e acadêmicos das áreas da saúde, incluindo a Psicologia, começaram a produzir conteúdo nas redes sociais, englobando a sexualidade humana. Esse contexto favoreceu o uso dos recursos tecnológicos que levem informações às práticas de aprendizagem, os quais são denominados Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), tendo como destaque o Instagram. O perfil @agatasexologando foi criado com a iniciativa de levar para o máximo de pessoas conhecimento sobre a sexualidade feminina, explorando temas como a repressão histórica, identificação de violências, promoção a saúde e o autoconhecimento, sempre com ênfase na mulher, além de reflexões sobre os tabus que ainda existem referentes a sexualidade feminina, tudo baseando-se em fontes científicas. Atualmente o perfil possui pouco mais de 1.600 mil seguidores, tendo um público diversificado - mulheres e homens heterossexuais, população LGBTQIA+, acadêmicos e profissionais da saúde e outras áreas de conhecimento, além de público externo. Objetivo: Relatar o uso do Instagram como ferramenta para educação e promoção da saúde sexual, com ênfase na mulher. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de tipo relato de experiência, como criadora de conteúdo digital no Instagram sobre a sexualidade feminina, sendo realizadas pesquisas na literatura para fundamentar as publicações. Resultados: O perfil apresenta bom engajamento em relação às publicações que são postadas, não raramente são recebidos relatos ou perguntas de forma particular, tendo como propósito sanar dúvidas sobre algum assunto ou situação em que a pessoa – em sua maioria mulheres – traz de suas experiências pessoais, algumas delas sendo fonte de ideias para novas publicações e discussões. Foi observada resistência em aparecer abertamente, assim, o sigilo é sempre garantido, compartilhando anonimamente apenas as perguntas e respostas referentes, caso a pessoa autorize. Outro ponto observado foi a faixa etária do público que acompanha e interage, indo da adolescência até pessoas adultas. Conclusões: Por ser uma modalidade que está em ascendência, não temos muitos estudos nacionais que falem especificamente dessa temática, mas percebe-se que o interesse está crescendo, contudo existem alguns detalhes que precisam ser levados em consideração, como por exemplo quem é a pessoa



responsável pela criação desses conteúdos, pois se na hipótese dela não ter o conhecimento técnico-científico sobre a temática, fazendo publicações a partir de suas experiências pessoais, isso pode causar impactos negativos na vida de outras pessoas que possam estar acompanhando e tomem como verdade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BONALDO, Mariana. Educação em sexualidade: significâncias e sentidos nas redes sociais. 2018. 40 f. Trabalho de conclusão de curso (licenciatura - Ciências Biológicas) - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências (Campus de Rio Claro), 2018. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/203571>. Acesso em 19 Set. de 2021;

CABRAL, Shirley Araujo. Redes sociais como estratégia didátca nas questões de gênero e sexualidade no cotidiano escolar aprontamentos para o campo da educação. Revista de Pesquisa Interdisciplinar, [S.I.], v. 2, ago. 2019 ISSN 2526-3560. Disponível em: <https://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/pesquisainterdisciplinar/article/view/188>. Acesso em: 19 set. de 2021. doi:http://dx.doi.org/10.24219/rpi.v2i2.0.188;

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA - CFP. (2018). Resolução nº 11, de 11 de maio de 2018. Regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação e revoga a Resolução CFP nº 11/2012. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/nova-resolucao-do-cfp-orienta-categoria-sobre-atendimento-on-line-durante-pandemia-da-covid-19/>. Acesso em 18 Set. de 2021;

Nova Resolução do CFP orienta categoria sobre atendimento on-line durante pandemia da Covid-19. site.cfp.org.br, 2020. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/nova-resolucao-do-cfp-orienta-categoria-sobre-atendimento-on-line-durante-pandemia-da-covid-19/>. Acesso em: 17 Set. de 2021;

VIEGAS, Paula. Discurso sobre a sexualidade feminina em mídias digitais: o caso Vagina Sem Neura1 Disponível em: <https://portalintercom.org.br/anais/nacional2019/resumos/R14-1388-1.pdf>. Acesso em 20 Set. de 2021;

WOLF, N.; O SEXO; In:____, O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra mulheres; tradução Waldéa Barcellos; texto revisado segundo o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. – 14. ed. – Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2020.

Downloads

Publicado

2021-11-12

Como Citar

Silva dos Santos, Ágata. (2021). O USO DO INSTAGRAM COMO FERRAMENTA PARA EDUCAÇÃO SEXUAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA COMO CRIADORA DE CONTEÚDO DIGITAL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15028

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas