Isolamento Social durante a pandemia de COVID19 e a influência nos hábitos alimentares dos brasileiros.

Autores

Palavras-chave:

COVID-19, Comportamento alimentar, Isolamento social.

Resumo

Introdução: O ano de 2020 foi permeado pela pandemia da COVID-19, doença causada pelo SARS-CoV2. Em todo o mundo, medidas de controle da disseminação viral foram estabelecidas. O uso de máscaras e a higienização de mãos e superfícies foram estimulados. E o isolamento social foi proposto como uma estratégia de combate em todo território nacional. O presente estudo consistiu numa avaliação do impacto do isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus sobre a alimentação dos brasileiros. Através do preenchimento de formulário eletrônico, foram observadas modificações nos padrões alimentares e no comportamento alimentar dos participantes da pesquisa. Metodologia: Foi elaborado instrumento de coleta de dados eletrônico, e disseminado entre grupos e redes sociais. Obtidas 809 respostas validadas, as variáveis foram rearranjadas em eixos temáticos que contemplaram o perfil socioeconômico e demográfico, as percepções sobre o isolamento social proposto, hábitos alimentares, preferências, condições clínicas e antropométricas, e de relações sociais. Resultados: Considerando o objetivo principal, avaliar as mudanças nos hábitos alimentares de indivíduos que passaram a maior parte do tempo em suas casas, devido ao surto do novo coronavírus em 2020, constatou-se que houve impacto no comportamento alimentar de 41,78% dos participantes que afirmaram estar comendo mais durante o período de isolamento. E ainda foi notado que 3,51% responderam que diminuíram a quantidade de comida durante a quarentena devido a algum fator financeiro. Inclusive, pois, refletindo o impacto direto na renda familiar, pelo encurtamento do acesso ao trabalho, enquanto categoria de subsistência, 49,68% dos entrevistados afirmaram que tiveram mudanças na situação econômica. Destacou-se também o sedentarismo, uma vez que 55,91% não fizeram atividades físicas em casa. Ao tempo em que o consumo de lanches rápidos aumentou em 23,29%, e 61,85% perceberam que houve mudança no perfil dos lanches. Outros dados apontam que o IMC Adulto observado prevaleceu eutrófico, porém com destaque para 148 indivíduos em obesidade grau II e 68 em obesidade grau III. Já entre os idosos, reparou-se que 12 estão em sobrepeso e 9 em risco de déficit. Conclusões: O estudo demonstra a necessidade de investimento em educação nutricional e em ações incentivadoras de alimentação sustentável perene, em períodos críticos onde toda a sociedade seja envolvida. Corroborando com GRACILIANO (2021) quando aponta que as escolhas alimentares não são definidas apenas por necessidades fisiológicas e/ou nutricionais, mas estas sofrem influência direta de múltiplos fatores, tais como a renda, preço do alimento, a cultura afetiva, a atratibilidade e a conveniência. Desta feita as preferências alimentares se tornam categorias passíveis de demonstração da forma como a reprodução das relações sociais no modo de produção capitalista se entranha no perfil de consumo das famílias brasileiras, enfaticamente em períodos de ampla mobilização social.

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Biografia do Autor

Katherine Góes Menezes, Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Tiradentes em Alagoas (2020) e aluna voluntária da Liga Acadêmica de Nutrição Clínica nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (LANCRO). Atualmente pesquisando sobre o Perfil nutricional de crianças do Centro de Recuperação e Educação Nutricional pela FAPEAL.

Geanne Christine Nunes Doria Barbosa, Centro Universitário Tiradentes

Graduada em Serviço Social, pela UFAL (2005) e atualmente acadêmica de Nutrição (2020) na UNIT Alagoas. Desenvolveu estudos na área de Participação Social no SUS e sobre os Impactos da Reestruturação Produtiva na Política Pública de Saúde no Brasil. No Serviço Social, possui experiência na Saúde Pública e Serviço Social Hospitalar, na área de Clinica Hematológica e Hemoterapia. Na Educação Popular em Saúde e Incentivo ao Controle Social no SUS, através da instrumentalização de Conselheiros de Saúde e apoio a movimentos populares. E na Gestão Pública da Assistência Social, de Média e Alta Complexidade, Abrigamento Institucional e, na Proteção Social Básica. Planejamento e Monitoramento da Gestão Municipal. Na Nutrição, as áreas de interesse são as de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Nutrição Clínica Hospitalar, Microbiota Intestinal e Oncologia.

Raquel Araújo do Nascimento Silva, Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Tiradentes- AL. Cursando o terceiro período. Membro da Liga Acadêmica de Nutrição nas Doenças Crônicas não Transmissíveis (LANCRO) da UNIT- AL. Integrante do grupo de Iniciação Científica. Tenho um interesse amplo na área hospitalar e clínica. Me identifico na área de projetos de extensão, ensino e pesquisa. Participante discente voluntário na 70° edição da Expoagro, desempenhando atividades extensionistas de saúde com certificado de 40 horas. Participei do módulo 1 da Mentoria em avaliação nutricional, com a temática: anamnese clínica e nutricional na modalidade online, totalizando uma carga horária de 10 horas.

Raphaela Costa Ferreira Lemos, Centro Universitário Tiradentes

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Alagoas. Faço parte do grupo de pesquisa em alimentação e nutrição nas enfermidades e co-morbidades cardiovasculares. Sou integrante do Laboratorio NUTRICARDIO, Laboratório de eletroquímica, projeto Feijão com Arroz e Projeto ROSAS. e Projeto de extensão ADOLE. Mestra em nutrição UFAL. Especialista em nutrição clínica e fitoterapia e nutricao em Pediatria. Sou colaboradora no projeto DICA - BR/ Estudo multicêntrico HCOR. Integrante da ALNUT. Doutora em ciências da saúde ICBS - UFAL. Professora UNIT/AL dos cursos de nutrição (disciplinas: bromatologia, gestão de unidade de alimentação e nutrição e técnica dietética, dietoterapia, nutrição no adolescente, dietoterapia infantil, semiologia nutricional) e enfermagem (nutrição e saúde) e fisioterapia (bioquímica e processos patológicos) e na UFAL. Professora de pós graduação de nutrição. Leciona disciplinas na área de nutrição clinica (dietoterapia infantil, materno infantil, fisiopatologia e dietoterapia, nutrição no adolescente), na área de gestão de unidade de alimentação e nutrição (disciplinas gestão de unidade de alimentação e nutrição e técnica dietética).

Referências

GRACILIANO, Nayara Gomes. Et al. Consumo de alimentos ultraprocessados reduz a qualidade global da dieta da gestante. Cadernos de Saúde Pública. nº 37 vol. 2. Rio de Janeiro. 2021. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2021000205012&lang=en Acessado em 20/04/2021

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Publicado

2021-10-21

Como Citar

Menezes, K. G., Doria Barbosa, G. C. N., do Nascimento Silva, R. A., & Ferreira Lemos, R. C. (2021). Isolamento Social durante a pandemia de COVID19 e a influência nos hábitos alimentares dos brasileiros. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15013

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROVIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas