A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL INFANTOJUVENIL DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL: UMA ANÁLISE MEDICINAL, JURÍDICA E PSICOLÓGICA

Autores

  • Esther Mendonça dos Santos Centro Universitário Tiradentes, AL
  • Hanna Haviva Vasconcelos Barbosa
  • Ágata Silva dos Santos

Palavras-chave:

Criança e adolescente, proteção integral, violência sexual.

Resumo

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a agressão sexual acontece ao redor de todo o mundo, contra pessoas de todas as idades e sexos, mesmo com algumas variações culturais, religiosas e outras. Assim, como reflexo do período pandêmico, o estudo do desenvolvimento infantojuvenil apresenta determinados encadeamentos que necessitam de uma análise multidisciplinar. Diante disso, o escrito, resultado de discussões do projeto de extensão “Proteção Integral”, Unit/AL, é estruturado metodologicamente como uma pesquisa de revisão bibliográfica. Possui como objetivo a promoção dos direitos da criança/adolescente e, de forma específica, a elucidação da questão que envolve a temática da educação sexual. Desse modo, a comunicação se apresenta como uma importante forma de prevenção à violência sexual, frente uma análise psicológica, jurídica e medicinal, uma vez que a abordagem oportuniza conscientização. À vista disso, Kendall-Tackett, Williams e Finkelhor (1993) analisaram sobre as implicações do abuso sexual de acordo com as faixas etárias: pré-escolar (0 a 6 anos), escolar (7 a 12 anos) e adolescência (13 a 18 anos), chegando à conclusão de que existem sintomas comuns a essas três fases, a exemplo, depressão e comportamento regressivo. Por conseguinte, cabe ao profissional de saúde atentar-se a queixas como sangramento, trauma retal e anal, além do exame físico para o diagnóstico de infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), posto que as crianças apresentam maior vulnerabilidade a essas patologias e à imaturidade anatômica e fisiológica da mucosa gênito-anal. De modo contínuo, tratando-se de uma observação jurídica, os resultados práticos são evidentes: entre o período de 01 de janeiro até 11 de maio/2021 o “Disque 100” registrou mais de 6 (seis) mil denúncias contra crianças e adolescentes, sendo tal colocação uma problemática expressiva, visto que a disposição constitucional determina que é dever da família, estado e sociedade, viabilizar a proteção integral de menores vulneráveis. De forma complementar, psicologicamente, a educação sexual contribui para identificar e combater esse tipo de ato, principalmente em isolamento social decorrente da Pandemia do Coronavírus (COVID-19). Também pode ser utilizada como ferramenta para trabalhar traumas psicológicos, dado que a vítima, muitas vezes, é culpabilizada, trazendo para ela a percepção de que houve uma violência. (CARVALHO, et al., 2021). Portanto, conclui-se que a intervenção através da educação sexual se apresenta como um importante mecanismo de proteção, impulsionando a rede de defesa a partir de áreas complementares, como as ciências da medicina, direito e psicologia.

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Referências

CARVALHO, Hanielly Cristinny Mendes et al. EDUCAÇÃO SEXUAL NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: CAMINHOS PARA A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES. 2021. Disponível em: <https://repositorio.ifgoiano.edu.br/handle/prefix/1718>. Acesso em 19 Set. de 2021.

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KENDALL-TACKETT, Kathleen A.; WILLIAMS, Linda M.; FINKELHOR, David. Impact of sexual abuse on children: a review and synthesis of recent empirical studies. Psychological bulletin, v. 113, n. 1, p. 164, 1993.

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

dos Santos, E. M., Vasconcelos Barbosa, H. H., & dos Santos, Ágata S. (2021). A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL INFANTOJUVENIL DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL: UMA ANÁLISE MEDICINAL, JURÍDICA E PSICOLÓGICA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/15012

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas