PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL DE 2015 A 2019.

Autores

  • Edja Bezerra dos santos Centro Universitário Tiradentes
  • Eduarda Evelyn da Silva Santos
  • Isabelle Khívia Ferreira da Silva
  • Joellyngton da Silva Pimentel
  • Jackelyne Oliveira Costa Tenório

Palavras-chave:

Epidemiologia, Leishmaniose visceral e Perfil epidemiológico.

Resumo

Introdução: A Leishmaniose é caracterizada como doença negligenciada mundialmente, a priori apresentava peculiaridade rural, contudo a partir dos anos 1980 a doença se expandiu para o meio urbano, apresentando maiores incidências nos países subdesenvolvidos como o Brasil, que está dentre os cinco países que detém 90% dos registros desta doença. A constatação dos primeiros casos de leishmaniose visceral americana no Brasil foi detectada por Penna, de forma acidental, onde o mesmo realizava pesquisas sobre a Febre Amarela no país, o que resultou no diagnóstico de 41 casos de Leishmaniose, nos quais foram encontradas amastigotas de Leishmania em cortes histológicos de fígados de casos suspeitos de febre amarela que foram a óbito, a grande maioria eram crianças residentes na região nordeste. Objetivo(s): descrever o perfil epidemiológico dos casos de Leishmaniose Visceral no Brasil no período de 2015 a 2019.Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, epidemiológico descritivo. Os dados foram coletados através do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, disponibilizado pela base do referente aos anos de 2015 a 2019. Resultados: Neste estudo, entre 2015 a 2019, ocorreram 18.147 casos de Leishmaniose Visceral. Quanto ao perfil epidemiológico desses casos, observa-se que a maioria ocorre na faixa etária de 20 a 59 anos (n = 7.725, 42,6%), do sexo masculino (n = 11.957, 65,9%), da cor/raça parda (n= 13.266, 73,1%) com escolaridade de 1° a 4° série incompleta (n= 1.838, 10,1%) e 5° a 8° série incompleta (n = 1.886, 10,4%), que vivem em zona urbana (n= 12.499, 68,9%).A evolução da Leishmaniose Visceral nos casos registrados no período entre 2015 a 2019, a cura ocorreu na maioria dos casos (n = 2.616, 69,5%), sendo que a segunda maior frequência foi Ign/branco (n = 2.542, 14,0%) seguido de Óbito por Leishmaniose Visceral (n = 1.399, 7,7 %), o abandono do tratamento apresentou-se como menor frequência (n = 136, 0,7%). Discussão: De acordo com a faixa etária mais acometida é justificada pelo fator ser a população de adultos ter uma maior exposição aos vetores, por fazerem parte do grupo dos economicamente ativos, já os indivíduos de baixa escolaridade seria mais acometidos pela falta de educação em saúde e que consequentemente ocasiona a diminuição do controle do vetor. Conclusão: Os resultados encontrados evidenciam que a LV é um problema de saúde pública, principalmente nos estados da região Nordeste, o que faz necessário por parte das gestões públicas o fortalecimento das políticas públicas, em especial as de saneamento básico, visando a prevenção desta doença.

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Referências

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

dos santos, E. B., da Silva Santos, E. E., Ferreira da Silva, I. K., Pimentel, J. da S., & Costa Tenório, J. O. (2021). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO BRASIL DE 2015 A 2019. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/14991

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas