OS IMPACTOS DA POBREZA MENSTRUAL NA SAÚDE DA MULHER
Palavras-chave:
, “Higiene”, “Mulher”, “Pobreza menstrual” .Resumo
Introdução: A menstruação é um processo fisiológico inerente a saúde da mulher durante grande parte da sua vida, uma vez que, entre a menarca e a menopausa, a maioria das mulheres menstruam. Entretanto, para muitas mulheres, o período menstrual perturba seu bem-estar físico, mental e social. Com isso, surge a pobreza menstrual, que refere-se à falta de acesso a produtos básicos necessários durante os períodos mensais, bem como o desamparo social e falta de locais bem estruturados e aptos a amparar, em sua totalidade, as necessidades femininas. Objetivo: Compreender os impactos negativos causados pela pobreza menstrual na saúde da mulher. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo por meio de buscas on-line na base de dados PUBMED, utilizando o descritor “menstrual poverty”. Aplicou-se um filtro de tempo de 2020 a 2021, selecionando os materiais que possuíam identificação direta com o estudo. Sendo assim, foram selecionados 4 artigos dentre os 16 encontrados. Resultados: Os artigos selecionados relatam que um quantitativo significativo de mulheres em todo o mundo não tem acesso a espaços adequados para a sua higiene durante o ciclo menstrual, como por exemplo, a presença de banheiros, água e descarte adequados, tampouco acesso aos produtos necessários. Nesse contexto, são geradas amplas consequências sociais, como por exemplo, a educacional, em que, com a falta de orientação e apoio suficiente para administrar esse período, a menstruação aparece contribuindo para o abandono escolar total. Além disso, há a existência de crenças e tabus que cercam a menstruação, desencadeando um impacto negativo na vida de meninas e mulheres, visto que, há um desconforto potencial familiar, tendo como origem a falta de educação sobre a autonomia do corpo, e, por esse motivo, é necessário estratégias de comunicação de saúde acessíveis para os diversos eixos sociais que desmitifiquem a fisiologia menstrual e colaborem com as boas práticas de manutenção e de higiene. Por outro lado, houve um progresso recente nas áreas de alfabetização, defesa e comunicação em saúde menstrual, aliado à existência atual de tecnologias que colaboram para o acesso e organização desse período, como por exemplo, a existência de aplicativos para smartphones voltados para mulheres em idade reprodutiva. Contudo, é necessário destacar que combater a pobreza menstrual significa muito mais do que apenas fornecer absorventes e saneamento básico. É preciso atender a todos os aspectos básicos, com colaboração conjunta de profissionais de saúde, políticas públicas e população em geral. Conclusão: Diante de tudo que foi abordado, conclui-se que a pobreza menstrual impacta negativamente a saúde e a qualidade de vida da mulher, uma vez que, a negligência com a situação gera efeitos adversos. Logo, é notório a necessidade de mudanças nesse panorama, visto que falta apoio das instituições sociais no cumprimento dos seus deveres para com a dignidade da mulher.Downloads
Referências
CARDOSO, L. F. et al. Period poverty and mental health implications among college-aged women in the United States. BCM Women's Health, v. 21, e. 1, n. 14, 2021.
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