PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA E SÍFILIS GESTACIONAL EM ALAGOAS NO PERÍODO DE 2015 A 2020
Palavras-chave:
Alagoas, Perfil epidemiológico, sífilisResumo
RESUMO: Introdução: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível, cuja infecção ocorre de modo sistêmico, com evolução crônica, sendo causada pela bactéria Treponema pallidum. É considerada um agravo de saúde pública, e quando não há controle da doença em mulheres em idade fértil, pode ocasionar a sífilis gestacional e/ou congênita, que são capazes de causar consequências graves ao concepto, como aborto, deficiências físicas e mentais. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita e sífilis gestacional no estado de Alagoas no período de 2015 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico cujos dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN do Ministério da Saúde, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, referentes ao período de 2015 a 2020. Resultados: Em relação à Sífilis Gestacional, houve um total de 3.353 casos entre 2015 a 2020, dos quais 953 casos correspondem ao ano de 2018, sendo o ano com maior número de casos da doença. As mulheres com idade entre 20-29 anos apresentaram o maior índice de sífilis gestacional totalizando 1.711 casos, enquanto as gestantes com idade entre 10-14 anos apresentaram o menor índice com 62 casos. Em relação à escolaridade, mulheres que possuíam entre a 5ª- 8ª série incompleta apresentaram maior número de casos, com total de 816 e o menor índice foi observado em mulheres com nível superior incompleto, totalizando 20 casos. Quanto à raça, mulheres autodeclaradas pardas apresentaram maior índice, com 2.282 casos, sendo o menor número em mulheres indígenas com 15 casos. Em relação à idade gestacional no momento do diagnóstico, 1.262 casos foram identificados no terceiro trimestre gestacional, enquanto 854 casos foram evidenciados ainda no primeiro trimestre. No tocante à sífilis congênita, nos anos de 2015 a 2020 houve 1.977 casos, dos quais 1.860 foram diagnosticados em crianças menores de 7 dias, e do número total de casos da patologia, 1.477 ocorreram em mães que realizaram o pré-natal. Quanto ao diagnóstico final da doença, 1.863 crianças foram diagnosticadas com sífilis congênita recente. Houve 822 diagnósticos de sífilis durante a realização do pré-natal e 916 mães não obtiveram o tratamento adequado para sífilis. Conclusões: Depreende-se que mulheres entre 20 a 29 anos, pardas e com ensino fundamental incompleto foram mais acometidas pela sífilis gestacional, e na maioria dos casos de sífilis congênita, não ocorreu a realização do pré-natal, em que seria possível a detecção da sífilis e o tratamento adequado.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus- Departamento de Informática do SUS. Sífilis Gestacional e Sífilis Congênita. Disponível em:<http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203&id=29878153>. Acesso em 15 Nov. 2020.
NUNES, Patrícia Silva et al . Sífilis gestacional e congênita e sua relação com a cobertura da Estratégia de Saúde da Família, Goiás, 2007-2014: um estudo ecológico. Epidemiol. Serv. Saúde. 2018, vol.27, n.4. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222018000400313&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 22 Jul. 2020.
Downloads
Publicado
2021-11-12
Como Citar
Santos, P. D. (2021). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA E SÍFILIS GESTACIONAL EM ALAGOAS NO PERÍODO DE 2015 A 2020. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/14955
Edição
Seção
Seminário de Iniciação Científica - PROBIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas
Licença
Copyright (c) 2021 SEMPESq - Semana de Pesquisa da Unit - Alagoas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter os originais os autores cedem os direitos de publicação para a Sempesq. O autor(a) reconhece esta como detentor(a) do direito autoral e ele autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso, desde quando citada a fonte.