FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO EM ENFERMEIROS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE

Autores

  • Elianara Kelly Vieira da Silva
  • Wanneska Nogueira Andrade
  • Lays Nogueira Miranda

Palavras-chave:

Depressão, Fatores, Profissionais de enfermagem.

Resumo

Introdução: A depressão é uma patologia caracterizada por um estado de sofrimento mental consciente e de culpa, capaz de afetar as convicções do indivíduo e reduzir seus efeitos motores dos processos mentais e desempenho pessoal, sendo a alteração afetiva mais falada na atualidade. Alguns autores classificam este agravo como um transtorno de humor capaz de reger as atitudes dos sujeitos modificando a percepção de si mesmo, passando a enxergar suas problemáticas como grandes catástrofes. Objetivo: rastrear os fatores de risco para o desenvolvimento da depressão nos enfermeiros da rede pública de saúde. Material e Método: tratou-se de um estudo quantitativo descritivo de corte transversal, realizado nos hospitais da rede pública de saúde localizados no município de Maceió/AL, a coleta de dados ocorreu no período de fevereiro a abril de 2020 e participaram 78 enfermeiros. Aplicaram-se dois questionários, um sociodemográfico e um relacionado à avaliação dos fatores de risco para depressão. Foram incluídos enfermeiros efetivos ou contratados, com idade acima de 18 anos e registrados no Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas e excluídos os que exerciam exclusivamente função administrativa, encontravam-se no período de licença e possuíam menos de um ano de atuação. Resultados: o sexo predominante foi o feminino (93,6%), a média de idade na maioria dos enfermeiros foi 36-46 anos (44,9%), a maior parte casado(a)/união estável (74,4%), possuíam um filho (34,6%), ensino superior completo (55,1%), ganhavam sete ou mais salários mínimos (44,9%) e não utilizava medicamento controlado (88,5%). Constatou-se que a maioria dos enfermeiros participantes deste estudo possuíam apenas um vínculo empregatício (39,7%), trabalhavam 30h/semana nesta empresa (56,4%), atuavam 60 horas/semana ou mais (56,4%) somado a outros vínculos empregatícios, trabalhavam em unidades de internação (29,5%), gastavam 15-30 min no deslocamento para o trabalho (41,0%), operavam nos turnos matutino, vespertino e noturno (41,0%), eram concursados (74,3%) e o tempo de serviço na empresa foi 3-5 anos (33,3%). Em relação aos fatores de risco para depressão, sobressaíram frequência de estresse (55,1%), preocupação diária (34,6%), carga horária de 60h/ semana ou mais (56,4%), presença de desânimo ou lentidão (59,0%), dificuldade de concentração (46,1%) e sono irregular (56,4%). Identificaram-se como aspectos positivos satisfação com a equipe de trabalho (57,7%), sensação de bem-estar no ambiente de trabalho (56,4%), sensação de ser útil (52,6%) e bom humor (53,8%). Conclusão: Constatou-se que os aspectos abordados neste estudo podem afetar negativamente a vida do enfermeiro, tornando-se fatores de risco para o desenvolvimento da depressão. Dessa forma, é necessário que medidas sejam tomadas para evitar o desencadeamento dessa patologia.

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Referências

OLIVEIRA, V., PEREIRA, T. Ansiedade, depressão e burnout em enfermeiros- Impactos trabalho por turno. Revista de Enfermagem Referência, Coimbra, v. 3, n.7, p. 43-54, Jul. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-02832012000200005>. Acesso em: 1 Set. 2018.

ESTEVES, F. C., GALVAN, A. L. Depressão numa contextualização contemporânea. Aletheia, Maceió, n.24, p.127-135, Dez. 2006. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1413-03942006000300012&script=sci_abstract>. Acesso em: 28 Ago. 2018.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Vieira da Silva, E. K., Andrade, W. N., & Miranda, L. N. (2020). FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO EM ENFERMEIROS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13945

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROBIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas