AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA NAS INFECÇÕES HOSPITALARES DE UM HOSPITAL DE MACEIÓ

Autores

  • Leonardo Albuquerque Costa Centro Universitário Tiradentes
  • Jaim Simões de Oliveira Centro Universitário Tiradentes
  • Sarah Dominique Dellabianca Araújo Centro Universitário Tiradentes
  • Mirna Soares Moreira Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Resistência antimicrobiana, infecção hospitalar e bacteria

Resumo

Jaim Simões de Oliveira1 (Orientador), e-mail: jaim.simoes@souunit.com.br.

Sarah Dominique Dellabianca Araújo1, (Co-orientadora), e-mail: s_dellabianca@yahoo.com.br

Leonardo Albuquerque da Costa1 (Graduando do curso de Medicina, PROVIC-Unit/AL), e-mail: leoalbucosta@gmail.com;

Mirna Soares Moreira1 (Graduando do curso de Medicina, PROVIC/Unit/AL), e-mail: mirna.soares@souunit.com.br;

Centro Universitário Tiradentes[1]/Medicina/Medicina, AL.

(UNIT ,Departamento de Medicina), Maceió, Alagoas.

2.00.00.00-6 - Ciências Biológicas 2.12.00.00-9 - Microbiologia

Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a resistência bacteriana causará 10 milhões de mortes até 2050 e uma redução de 2 e 5% no produto interno bruto em alguns países (GIONO-CEREZO, 2020). Além disso, em torno de cem mil pessoas morrem por ano devido às infecções (LIMA et al., 2015). Logo, a avaliação da resistência microbiana em ambientes hospitalares é de extrema importância para uma terapêutica e profilaxia mais efetivas. Objetivo(s): Avaliar o perfil da infecção hospitalar e resistência microbiana nos casos de infecção hospitalar em um hospital privado de grande relevância para a cidade de Maceió. Material e Métodos ou Metodologia: Nós realizamos um estudo descritivo transversal do tipo retrospectivo por meio da análise de prontuários médicos de pacientes internados na UTI e no bloco clínico de um hospital privado de Maceió entre os anos de 2016 e 2019. Analisamos os resultados de hemoculturas, uroculturas e culturas de lavado traqueal e swabs. Resultados: Em 2016, a análise foi feita de janeiro a junho, e teve um total de 30 culturas positivas para IH. A Escherichia Coli foi a mais prevalente, sendo responsável por 30 %, essas, sem padrão de resistência notificado. O Staphylococcus aureus Coagulase negativa correspondeu a 20 % das culturas positivas, desses, 20% foram resistentes a múltiplos antimicrobianos (MDR) e 80% sem padrão de resistência. 13,3 % eram Klebsiella pneumoniae, com 50 % de resistência ESBL. Já o ano de 2017, das 82 culturas positivas para IH, de janeiro a dezembro, 28% das culturas bacterianas identificaram Klebsiella pneumoniae, dentre essas, 39% apresentaram padrão ESBL, 30,5 % MDR e 17,4% KPC. S. aureus Coagulase negativas em 14,6% das culturas, sendo 41,5 % resistentes à oxacilina. Acinetobacter baumannii estava presente em 11% das culturas positivas, sendo 44 % resistente a múltiplos antimicrobianos, 11% KPC e 11 % ESBL. A Escherichia coli em 7,3%, sendo 50% ESBL. Pseudomonas aeruginosa em 7,3 %, com 33,2 % MDR, 16,6% ESBL e 16,6% % KPC. O ano de 2018 teve um total de 42 culturas positivas para IH, sendo identificado, Pseudomonas aeruginosa  19%, com padrão de resistência MDR 50 %, Klebsiella pneumoniae 23,8% com padrão ESBL 40% e KPC  60 %,  Acinetobacter baumanii 4,76 % com padrão de resistência  KPC em 50% desses  e Escherichia coli 16.6% com 28,5%  resistência a cefalosporina de 1 e 2 º geração, resistente à quinolona e cefalosporina de 1 e 2 º geração em 14,2%. No ano de 2019 teve 19 culturas positivas para IH, correspondendo a 10.5% ao Staphylococcus aureus coagulase negativa tendo um padrão de resistência a oxacilina em 50%, 15,78% ao Enterococcus faecalis sensível à vancomicina, 36,8% a bactéria Escherichia coli tendo padrão resistente a quinolona 25% e ESBL 52%, 5,2%  Acinetobacter baumannii resistente a quinolona, Klebsiella pneuminae 26.31%, com padrão ESBL  40% e  KPC  40% e 5,2% Pseudomonas aeruginosa multissensível. Conclusão: No nosso estudo houve um crescimento significativo do padrão de resistência ESBL e MDR nos anos de 2016 a 2019, como também o aparecimento e crescimento do padrão KPC.

 

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Referências

GIONO-CEREZO, Silvia. Resistencia antimicrobiana. Importancia y esfuerzos por contenerla.Gaceta Médica de México, p.171-178, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32285851/. Acesso em: 2 jul. 2020.

LIMA, MAÍRA FERREIRA PINTO et al. Staphylococcus aureusE AS INFECÇÕESHOSPITALARES–REVISÃO DE LITERATURA. Revista UNINGÁ, v. 21, ed. 1, p. 32-39, 2015. Disponível em: http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1616/1227. Acesso em: 2 set. 2020.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Costa, L. A., de Oliveira, J. S., Araújo, S. D. D., & Moreira, M. S. (2020). AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA NAS INFECÇÕES HOSPITALARES DE UM HOSPITAL DE MACEIÓ. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13932

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROVIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas