CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E FISIOPATOLÓGICA DA SÍNDROME DE HELLP

Autores

  • Yasmin Maria Vieira Cruz Centro Universitário Tiradentes
  • Érico Rafael Barros de Gusmão Verçosa
  • Mariana Serpa Peixoto Menezes
  • Maria Vitória Teixeira Cavalcante
  • Jadiel Júlio Frias
  • Renata de Almeida Rocha Maria

Palavras-chave:

Fisiopatologia, Gravidez, Síndrome de HELLP.

Resumo

Introdução: A síndrome de HELLP é uma condição de comprometimento multissistêmico, associada a uma alta morbimortalidade materna. Foi relatada pela primeira vez em 1982 por Weinstein et al. e seu nome deriva-se de um acrônimo, de origem na língua inglesa, que faz alusão à sua apresentação clínica. Essa condição envolve hemólise, enzimas hepáticas elevadas e plaquetopenia, possuindo uma incidência de 0,5% a 0,9% entre todas as gravidezes, ocorrendo em aproximadamente 25% das pacientes pré-eclâmpticas. Proteinúria, hipertensão, dor epigástrica, náuseas e vômitos, cefaléia, distúrbios visuais e icterícia são as manifestações clínicas presentes na gestante acometida por esta condição. O diagnóstico é concluído através da sintomatologia da paciente, além de alguns exames laboratoriais. O tratamento é indicado se a síndrome ocorrer após a 34ª semana de gestação ou se condições fetais e/ou maternas ocorrerem. Alguns estudos relatam o uso de corticosteroides, porém, é preciso de mais estudos que corroborem com a eficácia desse tratamento. Objetivo: Discorrer acerca das características clínicas, fisiopatológicas e epidemiológicas da Síndrome de HELLP. Metodologia: O presente estudo decorre de uma revisão narrativa de literatura, que se propõe a caracterizar a Síndrome de HELLP, sob o ponto de vista teórico e contextual, a partir da análise de produções científicas já publicadas. Por meio de busca avançada, foram acessadas as bases de dados do Scielo e Pubmed, das quais foram pré-selecionados 28 artigos. Após a análise completa e adequação aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 15 artigos. Resultados: De acordo com os estudos analisados, a fisiopatologia da Síndrome de HELLP ainda não foi totalmente esclarecida e é, através da fisiologia da gravidez e suas alterações, que se pode levantar hipóteses para justificar a sua ocorrência. Já é sabido que se trata de uma diminuição da perfusão na placenta, falha na adesão do trofoblasto ao endométrio e, como consequência, há alteração da função endotelial, ativação do processo inflamatório, queda dos níveis de prostaglandinas e aumento da ação do tromboxano, resultando em aumento da atividade vascular. A depender do período de gestação em que a paciente se encontra, pode-se optar pela realização do parto, promovendo a maturação cervical e a maturação pulmonar do feto, caso necessário. Conclusão: Faz-se necessário o desenvolvimento de mais pesquisas acerca desta síndrome, culminando em um melhor entendimento de seus mecanismos fisiopatológicos e promovendo um melhor manejo dos pacientes acometidos por esta, com evidências de relevância científica para o tratamento e prevenção desta condição que acomete uma parcela significativa das gestantes e pode levar a sérias complicações.O diagnóstico precoce é de suma importância, pois diminui a chance de complicações e leva a uma melhora no prognóstico da paciente.

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Referências

ANGONESI, J. POLATO, A.. Doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), incidência à evolução para a Síndrome de HELLP. Rev. bras. anal. clin, v. 39, n. 4, p. 243-245, 2007.

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GUTIÉRREZ-AGUIRRE, C. H. et al. Síndrome de Hellp, diagnóstico y tratamiento. Revista de Hematología, v. 13, n. 4, p. 195-200, 2012.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Cruz, Y. M. V., Verçosa, Érico R. B. de G., Menezes, M. S. P., Cavalcante, M. V. T., Frias, J. J., & Maria, R. de A. R. (2020). CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA E FISIOPATOLÓGICA DA SÍNDROME DE HELLP. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13926

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas