MORBIDADE HOSPITALAR POR UROLITÍASE NO BRASIL: HISTÓRICO DOS 3 ÚLTIMOS ANOS
Palavras-chave:
Nefrolitíase, Rim, Sistema Único de SaúdeResumo
Introdução: A ocorrência da urolitíase continua em ascensão no mundo, com acometimento aproximado de 15% da população. Esse aspecto negativo acarreta não somente a elevação da morbidade, como também um alto custo para o Sistema Único de Saúde (SUS). A litíase renal possui caráter multifatorial patológica e epidemiologicamente, o que contribui para sua frequência e ressalta a necessidade de acompanhar sua extensão no território brasileiro. Objetivo: Realizar um levantamento de informações sobre a morbidade hospitalar por urolitíase no Brasil entre os anos de 2017 a 2020. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo. A pesquisa foi realizada na base de dados: Informações em Saúde do Sistema Único de Saúde: TABNET – DATASUS entre junho de 2017 e junho de 2020. Ademais, estudos literários na base científica Pubmed foram realizados, na qual se utilizou os descritores “epidemiologia” e “urolitíase”, e o filtro últimos cinco anos. Resultados: Entre Junho de 2017 a Junho de 2020, foram notificadas 255.890 internações por urolitíase no Brasil, com destaque para a região Sudeste (45,9%), que apresentou média de permanência em dias de 3,2, sendo maior nas regiões Norte (3,8) e região Nordeste (3,7). Além disso, houve maior predomínio no sexo masculino (50,7%) que no feminino (49,3%) – o que corrobora com a literatura pelos fatores urolitogênicos serem mais presentes nos homens, como maior densidade urinária e resposta antidiurética. Grande parte dos pacientes era branca (46,4%) com faixa etária entre 40 e 49 anos, correspondendo a 21,2% do total de casos – o último dado também condiz com outros estudos. A grande maioria foi atendimento de urgência, devido à dor intensa quando a patologia é sintomática (72,8% contra 27,2% eletivo), com taxa de mortalidade nacional de 0,33; as únicas regiões que ultrapassaram a média foram Sudeste e Nordeste com 0,37 e 0,35 respectivamente. Conclusões: A partir dos dados levantados, percebe-se a alta prevalência de urolitíase nos pacientes durante o intervalo de 2017-2020. Através deste estudo foi possível caracterizar o perfil de quem está mais suscetível a desenvolver a urolitíase. Sendo ele: homem, raça branca e residente no sul do país. Ademais, é válido ressaltar que a mortalidade nas regiões Sudeste e Nordeste estão acima da média nacional. Diante desse cenário, outros trabalhos ainda são necessários, buscando entender o seu predomínio na região Sudeste e a alta mortalidade na região Nordeste e Sudeste do país, com o intuito de estabelecer estratégias mais eficazes de prevenção e diagnóstico precoce, visando reduzir a prevalência e mortalidade desta patologia, além de reduzir os gastos públicos com internações de pacientes com a doença.Downloads
Referências
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