Sistemas CAD/CAM: Revisão sistemática

Resumo

Introdução: As tecnologias digitais têm alcançado grandes progressos, influenciando de maneira positiva os procedimentos restauradores. Os sistemas CAD/CAM (Computer Aided Design - Computer Aided Manufacturing), surgiram a partir da década de 70, promovendo um grande impacto positivo na odontologia devido a sua vasta aplicabilidade clínica. Sendo estes, utilizados para auxiliar a fabricação de coroas, facetas laminadas, próteses dentárias fixas (FDP), próteses removíveis, fabricação de modelos de trabalho, próteses maxilofaciais e implantes. Objetivo: O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura para comparar a precisão do sistema CAD/CAM utilizando a digitalização direta com scanner intraoral ou indireta com scanner de mesa e avaliar a preferência da forma de escaneamento pelos pacientes e cirurgiões-dentistas. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão da literatura, utilizando as bases MEDLINE e PubMed em que foi empregado os descritores “Ceramics”, “Technology dental”, “Computer Aided Design - Computer Aided Manufacturing (CAD/CAM)”.  Os critérios aplicados para seleção dos estudos decorreram de periódicos completos disponíveis eletronicamente e internacionalmente, no idioma inglês, realizados, publicados e indexados nas referidas bases de dados nos últimos seis anos (2014-2020), e que retratassem a comparação entre os processamentos dos sistemas CAD/CAM. Os critérios de exclusão foram: artigos incompletos na íntegra, artigos em português e estudos com mais de 6 anos. Resultados: Dez artigos foram selecionados para compor estes resultados. Assim, quanto aos tipos de estudos analisados, um estudo é referente a ensaio clínico controlado comparativo, uma revisão sistemática, dois estudos experimentais, dois ensaios clínicos randomizados, dois estudos clínicos, um estudo clínico comparativo e um estudo observacional. Logo, não foram observadas diferenças entre os gaps marginais e as lacunas internas com os dois scanners. Em impressões de arco completo, o scanner de mesa favorece uma cópia precisa, em quadrantes a situação é o inverso. Para implantes, as duas formas de digitalização estão dentro da faixa de tolerância clínica. A preferência pela digitalização direta correspondeu a 100%. Conclusão: Conclui-se que o scanner intraoral ou scanner de mesa possuem padrões clinicamente aceitáveis em implantes, coroas totais unitárias, FPS e impressões de quadrantes, já em arco completo o scanner de mesa obteve maior precisão nas imagens. Além disso, os estudos analisados sugerem uma maior preferência pelo escaneamento intraoral tanto para os pacientes quanto para os cirurgiões-dentistas por se tratar de um fluxo totalmente digital o que eventualmente causa um maior conforto ocasionado pela ausência do processo de moldagem e ganho do tempo de cadeira.