OBSTÁCULOS NO PROCEDIMENTO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: Falta de informações e poucas campanhas frente às grandes filas de transplantes

Autores

  • Thaís Laurentino Severiano Universidade Tiradentes
  • Ana Clara Vieira de Souza Universidade Tiradentes
  • Anderson Luiz Neves de Albuquerque Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

Doação de órgãos, Informação, Transplantes

Resumo

INTRODUÇÃO: O Brasil é referência mundial em transplantes de órgãos e possui o maior sistema público de doação de órgãos do mundo: o Sistema Único de Saúde.Apesar disso, o processo de doação ainda expressa baixa adesão quando comparado ao potencial nacional. Isso decorre, sobretudo, da desinformação que envolve o trâmite legal dos transplantes, bem como da decisão final da doação pertencer, preponderantemente, aos familiares. OBJETIVO: Entender as dificuldades que envolvem o processo de doação de órgãos frente ao contexto de expressivas filas de transplantes. MÉTODOS: Estudo descritivo a partir da revisão de literatura, com discussão e dados de transplantes de órgãos realizados no Brasil. Para isso, foram usados cinco livros envolvendo as temáticas de bioética, direito médico e direitos na saúde pública, além de sites da legislação brasileira (como os do Planalto e do Portal da Câmara dos Deputados). Ainda, foram consultados artigos na plataforma SciELO, monografia e as Centrais Estaduais de Transplantes e o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) e estatísticas disponibilizadas pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). DISCUSSÃO/RESULTADOS: O Brasil expressa um número muito baixo de doação de órgãos quando comparado a outros países, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) qualifica em 15,9 doadores por um milhão de habitantes. Como arcabouço central dessa baixa adesão, compreende-se a ausência de uma legislação específica que respeite a autonomia do doador e o restrito conhecimento social sobre o processo. Pesquisas nacionais apontam um alto interesse espontâneo individual em ceder seus órgãos pós morte. Contudo, em todo território nacional, a recusa familiar alcançou 44% em 2018, o que se traduz em um efetivo contra senso em relação ao interesse do paciente. Essa desvalorização do desejo do doador se confirma com o baixo conhecimento acerca das Diretivas antecipadas de vontade e doação de órgão (DAV), quesão pouco incentivadas no Brasil e não são contempladas por legislação específica, sobressaindo a decisão familiar. Estudos indicam que esse desconhecimento está presente até mesmo nas graduações de saúde, o que manifesta uma deficiência de educação institucional. Por essa razão, constatou-se que um número significativo de pessoas envolvidas no processo de doação de órgãos não obtiveram seus questionamentos sanados pelos profissionais de saúde, comprovando a falta de saber técnico e a abordagem inadequada da equipe profissional em relação a família. CONCLUSÃO: Dessa forma, é evidente a necessidade em adequar a legislação aos princípios da Constituição, além da importância do vínculo médico-paciente como facilitador para a autonomia do doador.

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Biografia do Autor

Thaís Laurentino Severiano, Universidade Tiradentes

Área da Saúde, Medicina

Ana Clara Vieira de Souza, Universidade Tiradentes

Área da Saúde, Medicina

Anderson Luiz Neves de Albuquerque, Universidade Tiradentes

Área da Saúde, Medicina

Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Severiano, T. L., Souza, A. C. V. de, & Albuquerque, A. L. N. de. (2020). OBSTÁCULOS NO PROCEDIMENTO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: Falta de informações e poucas campanhas frente às grandes filas de transplantes. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13906

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas