AVALIAÇÃO DO pH DO SABÃO LÍQUIDO A PARTIR DO ÓLEO DE FRITURA

Resumo

Introdução: Os óleos vegetais utilizados diariamente nas cozinhas de diversos estabelecimentos comerciais e nas residências do mundo todo são muito danosos ao meio ambiente quando descartados de forma incorreta, pois podem causar danos às tubulações, provocando rompimentos e/ou a necessidade de uso de produtos tóxicos para remover o óleo que fica retido nas paredes destas tubulações; contaminar os recursos hídricos; prejudicar a fauna e a flora aquática e outros. Por estes motivos, é de suma importância que esse tipo de fluido seja armazenado de forma correta e reutilizado para outros fins, como para a produção de sabão, que é o caso em questão. Sendo assim, sabe-se que a reciclagem do óleo de cozinha residual para a fabricação de sabão líquido é um importante fator de preservação do meio ambiente, porém, para que o mesmo seja utilizado sem causar prejuízos aos consumidores, o seu pH deve estar de acordo com o estabelecido nas normas sanitárias vigentes. Objetivos: Reutilizar os óleos vegetais para fabricação de sabão líquido; Observar as metodologias propostas nos estudos publicados; Analisar o pH do sabão após a sua fabricação; Comparar os valores de pH com o proposto na legislação. Metodologia: Inicialmente houve a produção de sabão líquido a partir do óleo de cozinha residual com foco na diminuição do potencial hidrogeniônico - pH do produto final, pois, por haver a presença de uma base forte (NaOH) na sua composição, o pH se torna básico (pH > 7), podendo causar inflamações na pele ao longo dos anos. Dessa forma, foi realizada a produção de três amostras de sabão líquido utilizando a adição de álcool comercial 96°GL e vinagre de maçã para adequar o pH e torná-lo apropriado para uso. Resultados: A partir da adição do vinagre foi possível observar uma diminuição no valor do pH. Em contrapartida, os valores obtidos ainda não atendem ao recomendado na legislação vigente. Para diminuição do resultado obtido seria necessário um maior tempo de descanso das amostras produzidas, porém não foi possível continuar acompanhando o pH das amostras devido à paralisação das atividades na instituição decorrente da pandemia do COVID-19. Conclusões: Com a realização do trabalho foi possível observar que a reutilização do óleo de cozinha residual possui boa eficiência de limpeza e baixo custo de produção, fazendo com que essa atitude se torne uma alternativa viável para amenizar os prejuízos causados pelo descarte incorreto deste fluido. Além disso, as amostras de sabão líquido foram produzidas com sucesso, atendendo as expectativas no tocante a coloração, viscosidade, aroma e textura semelhantes aos detergentes comercializados. Com relação ao valor do pH encontrado nas amostras, acredita-se que após um tempo maior de análise seria possível que os mesmos se adequassem à legislação.