Repercussões Maternas e Neonatais da Gravidez na Adolescência
Palavras-chave:
Repercussões, gravidez, adolescênciaResumo
Em países em desenvolvimento, a gravidez na adolescência se evidencia como um problema de saúde e social, pois eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais. Para a adolescente, implica em interrupção dos estudos, repetidas gravidezes e o agravamento de problemas socioeconômicos já existentes. Para a criança, pode resultar em morte precoce, atraso no desenvolvimento, dificuldade de aprendizado e desordens comportamentais.
Em adolescentes de idade inferior a 16 anos, ou na ocorrência da primeira menstruação a menos de dois anos da gravidez, acontece uma competição biológica pelos mesmos nutrientes entre mãe e feto, pois a mãe encontra-se ainda em fase de crescimento e maturação puberal. A metodologia utilizada estudo de corte transversal é o desenho utilizado para comparar as condições maternas e de seus neonatos de mulheres adolescentes com idade menor ou igual a 16 anos, com a dos recém-nascidos de mães adultas jovens (20 a 30 anos). O trabalho é realizado na cidade de Maceió, capital do Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, em duas maternidades que atendem gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS). Diante dos resultados que serão apresentados, apesar da falha na coleta de dados devido ao contingenciamento para combate à COVID-19, se pôde concluir alguns fatos, como por exemplo: a média de peso e comprimento dos filhos de mães adolescente (menores ou igual a 16 anos de idade) foram menores com uma diferença de 722,6 gramas e 1,43 centímetros, respectivamente. Com esses dados é possível inferir que devido aos fatores biológicos maternos as crianças de puérperas jovens nascem com mais baixo peso, quando relacionadas as crianças de puérperas entre 20 e 30 anos de idade.
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