PERMANÊNCIAS E RUPTURAS NA TRAMA EDIFICADA PELAS FÁBRICAS TÊXTEIS ALEXANDRIA, SANTA MARGARIDA E NORTE ALAGOAS EM MACEIÓ-AL.

Autores

  • Beatriz Rodrigues Simões Gomes Centro Universitário Tiradentes - UNIT, AL

Palavras-chave:

Palavras-chave, Maceió, núcleos operários, patrimônio industrial.

Resumo

RESUMO: Introdução: O Projeto de Pesquisa intitulado “Permanências e rupturas na trama edificada pelas fábricas têxteis Alexandria, Santa Margarida e Norte Alagoas em Maceió-AL” analisou a implantação do setor têxtil e da arquitetura da moradia de vilas operárias e núcleos fabris em Alagoas. Foram analisadas as antigas vilas operárias das fábricas “Alexandria” e “Santa Margarida” e do antigo núcleo residencial operário da fábrica “Norte Alagoas”, verificando suas configurações espaciais, as várias tipologias de arquitetura, suas relações com diferentes conceitos de habitat e, finalmente, o processo de desmonte e a situação atual desses espaços. A Fábrica “Alexandria” localizava-se no bairro do Bom Parto, a cerca de 2 km do centro da capital e foi inaugurada em outubro de 1911 pelas famílias Loureiro e Guimarães, tendo o fim do seu funcionamento sido datado em 1966. A Fábrica “Santa Margarida”, inaugurada em 1914, no bairro portuário de Jaraguá, era uma pequena fábrica rodeada por um intenso vai e vem de pessoas e mercadorias. Para dar suporte a estas duas fábricas foram construídas vilas operárias que promoviam a moradia e participavam da vida extra fabril de seus operários. Em 1927, os empreendedores da família Nogueira inauguram a Fábrica “Companhia de Fiação e Tecidos Norte Alagoas”, no povoado Saúde, bairro do Ipioca, distante cerca de 20 km do centro da cidade. A família Nogueira mantinha o controle sobre a vida social, econômica, política e, sobretudo, imobiliária dos trabalhadores, tendo o seu sistema de organização se encaixado como núcleo fabril. Desta forma, retomou-se o processo de instalação dessas indústrias têxteis em Alagoas, as várias empresas criadas, suas experiências em construir habitações para seus funcionários e o controle da vida extra fabril. Objetivos: Assim, o objetivo central da pesquisa foi estudar a atual configuração desses antigos espaços fabris e suas obras de apoio, investigando a situação em que essas edificações se encontram, de forma a contribuir para a historiografia sobre a arquitetura têxtil em Alagoas. Metodologia: A metodologia adotada na pesquisa constou de visitas às antigas vilas e núcleos operários das fábricas situadas na capital alagoana, além de pesquisas bibliográficas, iconográficas e audiovisuais sobre o tema abordado. Resultados: As informações obtidas através das pesquisas realizadas em arquivos locais e portais de periódicos de instituições científicas foram sistematizadas através de fichamentos bibliográficos para a elaboração do relatório final da pesquisa. Conclusões: O trabalho de pesquisa foi fundamental para a compreensão do processo deste surgimento fabril, analisando o papel da arquitetura para além da sua função estética e identificando o seu uso como instrumento de controle e poder no espaço, manifestado através da hierarquização na sua construção. Ressalta-se que as comparações entre cenários antigos e atuais auxiliaram na busca pelo entendimento do 

impacto causado pelo fechamento destas fábricas no espaço urbano, que transita até o momento atual por um processo gradativo de esquecimento e abandono. Por fim, a pesquisa desempenhou um importante papel no que diz respeito a valorização acerca do patrimônio histórico de Alagoas, retomando a importância da preservação da memória em relação aos fatos e acontecimentos correlacionados.

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Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Simões Gomes, B. R. (2020). PERMANÊNCIAS E RUPTURAS NA TRAMA EDIFICADA PELAS FÁBRICAS TÊXTEIS ALEXANDRIA, SANTA MARGARIDA E NORTE ALAGOAS EM MACEIÓ-AL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13876

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROBIC/UNIT - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas