FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA VIRAL ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM CRIANÇAS
Resumo
Introdução: A pneumonia corresponde a uma infecção pulmonar, normalmente secundária as infecções do trato respiratório superior, no qual a Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) é o contexto clínico mais recorrente. Sua etiologia é predominantemente bacteriana ou viral, podendo haver coinfecção, em que, sob o prisma pediátrico, distingue-se os agentes mais comuns através da idade da criança (BEHRMAN, JENSON, KLIEGMAN, 2014). Os patógenos virais compõem uma parcela marcante de infecções em crianças principalmente em crianças naquelas com menos de 2 anos de idades, no qual o vírus sincicial respiratório e rinovírus, são identificados com mais frequência. O processo de patogênese perpassa por mecanismos variados que atingem fortemente esse grupo devido suas particularidades anatômicas e fisiológicas (RUUSKANEN, 2011). Objetivo: Abordar os mecanismos fisiopatológicos da pneumonia viral adquirida na comunidade em crianças. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa através da base de dados PUBMED, com os descritores: ‘’pathology’’, ‘’viral pneumonia’’ e ''children'', junto ao operador booleano AND, resultando em 591 artigos. Após aplicar os filtros de tempo (2017-2019) e da leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 9 artigos. Discussão: O parênquima pulmonar é diariamente exposto a inúmeros contaminantes advindos do ar inalado, acarretando na vulnerabilidade deste órgão aos organismos virulentos. A sua defesa imunológica está associada intrinsecamente aos elementos imunológicos e não imunológicos do aparelho respiratório superior e inferior, como a camada de muco e os cílios, as células da imunidade inata com a fagocitose e os componentes da imunidade adaptativa como os anticorpos IgA, IgG e IgM. Contudo, este complexo protetor pode conter lacunas que propiciam as atividades patogênicas (KUMAR, et. al,2014). Além deste cenário, as crianças são mais suscetíveis às infecções respiratórias devido ao pequeno calibre de suas vias respiratórias e consequente desequilíbrio na ventilação e perfusão, apresentando um contexto clínico gradativo, iniciando-se com infecções das vias superiores e posteriormente das vias inferiores, com tosse, taquipnéia, febre e estertores na ausculta pulmonar (BEHRMAN, JENSON, KLIEGMAN, 2009).
Estudos mostram que a pneumonia permanece correspondendo à principal causa de mortalidade e morbidade de infantes, fazendo com que 1,3 milhão de mortes de crianças menores de 5 anos ocorram no mundo. Posteriormente à introdução das vacinas pneumocócicas conjugadas (PCVs) nos calendários vacinais, houve uma diminuição das taxas de doença pneumocócica invasiva (DPI) em crianças no mundo todo. (FATHIMA, et. al., 2018). Conclusão: Muito progresso foi feito para diminuir as mortes causadas por pneumonia infantil. A melhoria do status socioeconômico e as vacinações, principalmente as vacinas conjugadas (contra Haemophilus influenzae e pneumococo), levaram a reduções substanciais na incidência e gravidade da pneumonia infantil. (ROUX, ZAR,2017) Os vírus respiratórios continuam sendo um patógeno importante na pneumonia infantil. As vacinas direcionadas aos vírus respiratórios são necessárias para combater a carga residual da pneumonia infantil. (NGUYEN, et. al., 2017).
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