APLICAÇÃO DE ECONOMIA CIRCULAR ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS COMO MATÉRIA PRIMA ALTERNATIVA.

Resumo

A quantidade de extração de matéria prima naturais vem crescendo constantemente impulsionada pelo consumo de bens e serviços. Logo, a exploração dos recursos naturais e o desenvolvimento tecnológico são eventos que podem provocar desequilíbrios ecológicos de consequências imprevisíveis, A reciclagem é uma das medidas que a economia circular emprega, reciclar significa realizar uma operação de valorização na qual os resíduos gerados do pós-consumo são transformados em produtos, materiais ou substâncias que podem ter o mesmo fim original ou outros fins. O sururu em Alagoas é resultado de uma maricultura de subsistência, atividade que gera resíduo e em consequência impactos ambientais quando descartados incorretamente, as cascas de sururu são ricas em carbonato de cálcio e o mesmo possui larga aplicabilidade em diversas áreas industriais Dessa forma, o presente projeto tem como principal objetivo a reutilização de resíduo derivado da indústria da maricultura, ou seja, concha de moluscos (regionalmente conhecida como casca de sururu). Atribuindo percentuais de pó das cascas de sururu na formulação e fabricação de tijolos solo cimento. As cascas de sururu passaram por processos de coleta, limpeza, secagem e moagem até atingir granulometria adequada para utilização como matéria prima alternava. Após a caracterização do resíduo e a adequação do solo que devera seguir os requisitos mínimos estabelecidos por norma serão elaborados diferentes tipos de formulações de tijolos solo-cimento aplicando percentuais do resíduo, buscando a valorização do resíduo como matéria prima alternativa e a diminuição da extração de matéria prima natural. As formulações serão caracterizadas e comparadas a produtos comerciais por meio de resultados de analises físico-químicas. Logo, baseado em resultados experimentais, pode-se concluir que o tijolo fabricado com percentuais de pó da casca de sururu atende aos requisitos mínimos estabelecidos pelas normas ABNT NBR 8491 e ABNT NBR 8492, desse modo, o trabalho mostra a viabilidade do uso do pó da casca de sururu como matéria prima alternativa de baixo custo.