INCIDÊNCIA DE AGRAVOS À SAÚDE MENTAL NA COMUNIDADE LGBTQIA+

Autores

  • Juliana Matos Ferreira Bernardo Centro Universitário Tiradentes https://orcid.org/0000-0001-9304-6662
  • Allycia Jamylle Nogueira de Mello Centro Universitário Tiradentes
  • Ana Beatriz Soares de Miranda Centro Universitário Tiradentes
  • Letícia Moura Lisboa de Sá Centro Universitário Tiradentes https://orcid.org/0000-0001-7840-4011
  • Silmara Mendes Costa Santos Centro Universitário Tiradentes

Palavras-chave:

Ansiedade, Depressão, LGBTQIA .

Resumo

Introdução:  A saúde mental é um fator determinante para a qualidade de vida, possuindo fatores relacionados que diferem entre os segmentos sociais distintos. Assim, existem grupos detentores de variantes agravatórias para o desenvolvimento e progressão de patologias mentais. A comunidade LGBTQIA+ relata maiores índices negativos tangente à saúde mental, principalmente acerca dos transtornos de ansiedade, depressão e suicídio comparados aos adolescentes heterossexuais, evidenciando a necssidade de avaliação dos fatores que corroboram para esse cenário. Objetivo: Analisar os determinantes que influenciam o desenvolvimento de ansiedade e depressão na comunidade LGBTQIA+. Metodologia: Foi realizada revisão bibliográfica integrativa nas bases de dados Pubmed e BVS utilizando-se o descritor “LGBT AND Mental health”. Aplicando-se filtro de 5 anos e humanos, sem restrição linguística, retornaram 233 e 462 trabalhos, respectivamente.  Aplicando-se critérios de inclusão (foco em ansiedade e depressão) e de exclusão (trabalhos repetidos e com enfoque em apenas um segmento da comunidade), juntamente com análise dos títulos e resumos, foram selecionados 15 artigos. Resultados: Foi observado que a maioria dos jovens que afirmam orientação sexual não heteronormativa referem sentimentos de insegurança (63%), tristeza e desesperança (60-63%). Além dos sentimentos referidos, a população LGBT também apresenta índices elevados de intenções suicidas, alcançando até 43% dos jovens. No entanto, especificamente no recorte de jovens transexuais, esse número pode chegar a 50%. Considerando o diagnóstico propriamente dito de depressão e ansiedade, homens homossexuais e bissexuais evidenciam-se com o dobro de risco em comparação com os homens heterossexuais. Enquanto que nas mulheres lésbicas e bissexuais, essas taxas variam de 40 a 33%. De forma geral, tanto os homens (48%) quanto as mulheres (69%) 



pertencentes à comunidade LGBT evidenciaram maior propensão ao desenvolvimento de problemas de saúde mental, além de distúrbios de humor e abuso de substâncias. Alguns fatores foram associados a esses coeficientes relativos ao comprometimento da saúde mental, como rejeição familiar, estigma social e bullyng. Atribuídos conjuntamente à intimidação e preconceito aos jovens cujo comportamento não se encaixa nos padrões sociais de conformidade de gênero, que valorizam a dicotomia das figuras paralelas feminina e masculina, no contexto da heterossexualidade. Dependência financeira e  necessidade de conviver com a rejeição acabam por desencadear ainda mais estresse e sintomas de ansiedade, que conferem um processo deletério ao psicológico do grupo LGBTQ+, perdurando a longo prazo. No entanto, algumas abordagens podem ser indicadas como protetivas à saúde mental desse grupo, como o suporte social (representado pela família e/ou amigos) e aceitação individual.  Conclusões: É perceptível a negligência governamental evidenciada na ineficiência de políticas públicas e no preconceito da sociedade. Contudo, transtornos como depressão, ansiedade e tentativas de suicídio, especialmente durante o período da adolescência, são fatores que se refletem em índices alarmantes, constituindo-se um problema de saúde pública. Fazendo-se, então, necessária a avaliação desses fatores para uma abordagem mais ampla, adequada e humanizada para a população LGBTQIA+.

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Biografia do Autor

Juliana Matos Ferreira Bernardo, Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Medicina.

Allycia Jamylle Nogueira de Mello, Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Medicina.

Ana Beatriz Soares de Miranda, Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Medicina.

Letícia Moura Lisboa de Sá, Centro Universitário Tiradentes

Graduanda em Medicina.

Silmara Mendes Costa Santos, Centro Universitário Tiradentes

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas (1999).É especialista em Tratamento Penal e Gestão Prisional pela Universidade Federal do Paraná (2003). Possui mestrado em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas ( 2008). É doutora em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (2016). Atualmente é professora titular do curso de Medicina e Coordenadora de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes Unit/AL. Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Serviço Social, atuando principalmente nos seguintes temas: serviço social, políticas sociais, política pública de saúde , direitos humanos, trabalho, controle e sistema penal .

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Bernardo, J. M. F., de Mello, A. J. N., de Miranda, A. B. S., de Sá, L. M. L., & Santos, S. M. C. (2020). INCIDÊNCIA DE AGRAVOS À SAÚDE MENTAL NA COMUNIDADE LGBTQIA+. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13857

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas