RELAÇÕES ENTRE OBESIDADE E FATORES SOCIOECONÔMICOS

Resumo

RESUMO:

Introdução: A obesidade se apresenta como um processo pandêmico, portanto, não se restringe a um determinado grupo social. Tratando-se de uma doença multifatorial, influenciada por diversos aspectos como: ambientais, genéticos, biológicos e comportamentais. No entanto, as pesquisas mostram que os determinantes socioeconômicos são fatores de considerável relevância nas análises estatísticas da obesidade. Pesquisas recentes apontam a prevalência da obesidade nas etnias socialmente mais desfavorecidas economicamente, a saber, nos países de baixa e média renda.

Objetivo: Avaliar a relação entre a prevalência da obesidade e dos fatores socioeconômicos.

Metodologia: Realizamos uma pesquisa em artigos científicos publicados nas plataformas on-line: Pepsic e Scielo, fizemos uma revisão bibliográfica, com intuito de estudar a relação existente entre a obesidade e os fatores socioeconômicos, bem como, saber a prevalência do índice da obesidade nesses contextos de pobreza.

Resultados e discussão: A obesidade é considerada uma questão de saúde pública. Ao analisarmos os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), publicados pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer de maneira alarmante. Verificamos que o número de obesos no País aumentou 67,8% no que compreende os anos entre 2006 e 2018, saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018. Em 2018, o crescimento da obesidade foi ainda maior entre os adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos, com 84,2% e 81,1%, respectivamente. Um importante ponto a ser observado, é a existência da relação entre o índice da obesidade e a pobreza. As pesquisas apontam o aumento da obesidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento, causando grandes impactos nessa população menos favorecida. Em países de baixa renda, um fator relevante é a qualidade de vida da população, sendo caracterizado também por fatores associados à cultura e as concepções de alimentação e corpo, tornando esses pontos de suma relevância para análise dos elementos que constituem as faces da obesidade.

Conclusão: A prevalência de excesso de peso é crescente em países de baixa e média renda, especialmente em ambientes urbanos. A literatura tem constatado o aumento da obesidade em contextos de pobreza nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, nesse sentido faz se necessário uma reflexão sobre o paradoxo da baixa renda e dos altos índices de obesidades a fim de monitorar as disparidades sociais e criar políticas públicas que promovam equidade social e saúde.