PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO NO 8° DISTRITO SANITÁRIO DE MACEIÓ, ALAGOAS
Palavras-chave:
Palavras-chave, Epidemiologia. Saúde Pública. Sistema Único de Saúde.Resumo
Introdução: A epidemiologia objetiva investigar as características das doenças para garantir a identificação de métodos preventivos e melhorar, principalmente, a saúde de populações menos favorecidas. Dessa forma, o perfil epidemiológico é indicador observacional das condições de vida, do processo saúde-doença e do estágio de desenvolvimento da população. A mensuração do estado de saúde da população deve ser, por isso, uma tradição em saúde pública, a fim de possibilitar o embasamento para intervenções na saúde da população. Objetivo: Compreender quais estratégias e grupos populacionais devem ser priorizados no contexto da saúde pública, tendo em vista o perfil epidemiológico do 8° distrito sanitário de Maceió. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo e observacional, com foco de análise uma microrregião em saúde. Para elucidar o objeto, os elementos apresentados estão vinculados ao DATASUS, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, abrangendo o período de 2012 a 2016, com busca realizada em maio de 2017. Resultados: O 8º Distrito Sanitário de Maceió, no período de 2012 a 2016 apresentou população estimada de 41.778 hab. No que se refere à maior causa de mortalidade, incidem as doenças cardiorrespiratórias e neoplasias (49,4%). A taxa de mortalidade também varia de acordo com a faixa etária. A população acima de 60 anos é a mais afetada (51,14%), seguida pelos indivíduos de 40 a 59 anos. O coeficiente de mortalidade (cM) médio do distrito é de 5%, entretanto esse número varia bruscamente entre os bairros. Enquanto Garça Torta e Pescaria manifestam 0,9% de cM, no outro extremo, Cruz das Almas tem cM de 4,3%. Patologias relacionadas ao aspecto sociodemográfico, como infecciosas e parasitárias (4,5%) também foram evidenciadas. Além disso, o coeficiente de mortalidade masculino (5,96%) é 1,4 vezes maior que o feminino, em termos de idade, a faixa etária mais afetada foi da população acima de 60 anos (51,14%). No que se refere aos agravos de notificação compulsória, o Atendimento Antirrábico se destacou na região (31,64%), apresentando variação no número de notificações que aumentam e diminuem no decorrer dos anos. A Dengue, por outro lado, apesar de constituir 24,94% das notificações, tem a quantidade de casos cada vez menor a cada ano analisado. Conclusão: Há a necessidade de ampliar estratégias locais de cunho assistencial, bem como políticas preventivas que visam comportamentos saudáveis, visto que somente a implementação dessas estratégias conseguiriam reduzir drasticamente a incidência das patologias reincidentes na localidade, entre outras doenças intimamente ligadas ao acesso à informação de prevenção.
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Referências
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