NEOPLASIAS MALIGNAS: AVALIAÇÃO DA MORTALIDADE EM ALAGOAS

Autores

Palavras-chave:

Idoso, neoplasias, óbitos

Resumo

Introdução: Câncer constitui um grupo de doenças caracterizadas por crescimento e proliferação celular descontrolada capaz de invadir outras estruturas. Atualmente, essa patologia é uma das maiores causas de morte antes dos 70 anos no mundo e sua incidência e mortalidade aumentam progressivamente no estado. No Brasil, estima-se que de 2020 a 2022 ocorrerão cerca de 625 mil novos casos de câncer por ano, sendo 450 mil mediante a exclusão do câncer de pele não melanoma.  Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico referente a mortalidade por neoplasias malignas em Alagoas. Metodologia: Estudo transversal retrospectivo, com abordagem epidemiológica, a partir de dados sobre mortalidade por neoplasias malignas, no período de 2008 a 2018, em Alagoas, coletados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/DATASUS) em 26 de setembro de 2020. Para o referencial teórico, foi realizada busca na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os descritores “câncer  AND mortalidade AND fatores de risco AND brasil”, adição de filtro de cinco anos e sem restrição de idioma. Também foram utilizados dados do Instituto Nacional do Câncer. Resultados: Neste período, foram notificados 21.389 óbitos por neoplasias malignas. Observou-se maior incidência de mortes na faixa etária de 60 a 69 anos (22,9%), seguido por 70-79 anos (21,8%), 50-59 anos (17,9%) e 80 anos ou mais (17%). Ademais, as neoplasias malignas dos órgãos digestivos são as a mais letais (25,7%), seguidas por, aparelho respiratório (13,5%) e órgãos genitais feminino (9,5%). Outrossim, tal mortalidade apresenta aumento significativo nos últimos anos, 2.161 em 2015, 2.191 em 2016, 2.360 em 2017, 2.385 em 2018, este último correspondendo a uma taxa de 11,2% do número total de mortes. Além disso, houve um avanço de 55,8% dos números de óbitos causados por tal patologia. Conclusão: Portanto, torna-se evidente a alta mortalidade por neoplasias malignas em  idosos com mais de 60 anos, apresentam-se como os mais susceptíveis a esse tipo de agravo, sendo o trato digestório, a região mais afetada, especialmente nos últimos anos do período avaliado. Visto isso, é de suma importância o reconhecimento dos fatores e grupos de risco para um diagnóstico precoce, intervenção médica efetiva para possibilidade de promover melhor prognóstico aos pacientes acometidos e, ainda assim, a realização de novas pesquisas para um planejamento de estratégias de saúde eficazes na redução da mortalidade por câncer em Alagoas, assim como no Brasil.

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Biografia do Autor

Julia Gonçalves Ferreira, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmica de Medicina

Brunno Leonardo Morais Brandão Vilanova, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmico de Medicina

Francisco Rodrigues Nascimento Júnior, Centro Universitário Tiradentes

Acadêmico de Medicina

Maria Rosa da Silva, Centro Universitário TIradentes

Professora Titular

Referências

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. ABC do câncer: Abordagens Básicas para o Controle do Câncer, 2011. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf>. Acesso em: 26 set. 2020.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Ferreira, J. G., Morais Brandão Vilanova, B. L., Nascimento Júnior, F. R., & da Silva, M. R. (2020). NEOPLASIAS MALIGNAS: AVALIAÇÃO DA MORTALIDADE EM ALAGOAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13829

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas