IMPORTÂNCIA DO TESTE DO OLHINHO.

Autores

Palavras-chave:

Alterações oculares, doenças oftalmológicas congênitas, triagem neonatal

Resumo

Introdução: O teste do olhinho é um exame simples, indolor e rápido de triagem neonatal, que consiste na identificação de um reflexo vermelho no olho do bebê.  Faz-se busca por leucocoria como achado principal – o qual consiste em pupila de coloração branca – comumente observado em: cataratas congênitas, retinoblastomas e retinopatia da prematuridade. São mapeados também: glaucoma congênito, traumas de parto, ptose e infecções. Tendo em vista que a visão é uma das principais fontes de estímulo ao desenvolvimento físico e cognitivo desde os primeiros momentos de vida, triar neonatos com mapeamento de possíveis distúrbios congênitos por anormalidades no reflexo vermelho torna-se fundamental para que sejam deflagradas investigações para diagnósticos finais. Objetivos: Buscou-se evidenciar que o teste do olhinho é fundamental no rastreio e na detecção precoce de anormalidades estruturais oculares que podem causar problemas visuais no desenvolvimento e no futuro. Metodologia: Os dados foram obtidos na base de dados da área de saúde PubMed. Foram usados os descritores: “Red reflex test” AND “neonatal”. Diante dessa delimitação, foram selecionados trabalhos através da relevância do estudo apresentado nas publicações e exequibilidade. Além disso, foi utilizado, como embasamento técnico, parecer da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Resultados e discussões: Estudo realizado ao longo de 3 anos, na região da Úmbria, na Itália, reafirmou os índices europeus e americanos de casos de doenças oftálmicas congênitas. Aponta-se, assim, 0,01% dos nascidos vivos sendo portadores de distúrbios oftalmológicos graves (risco de perda de visão ou de vida) e 0,009% dos nascidos vivos totais com catarata congênita – representando a maioria dos casos de doenças oculares congênitas. Tem-se que, por ser um exame extremamente sensível, taxas de detecções, falsos negativos e falsos positivos oscilam muito entre oftalmologistas e pediatras, sendo, os primeiros, mais assertivos – apesar do custo-benefício em termos de saúde pública favorecer a triagem por pediatras. Além disso, há considerável variabilidade de características pigmentares, que influenciam no aspecto do exame, em diferentes etnias. Apesar da dificuldade de mensuração direta de dados concretos que falam a favor da eficácia futura da realização do teste do olhinho, sabe-se que, se tratando de distúrbios pediátricos sensoriais e nevrálgicos, diagnóstico e terapêutica precoces são determinantes no prognóstico. Conclusão: A avaliação oftalmológica é primordial e deve ser endossada desde o nascimento através do exame do olhinho, teste útil, de baixo custo e de fácil realização, que possibilita detecção precoce e tratamento adequado de doenças congênitas que comprometem a visão. Além disso, busca-se evitar a deficiência visual ao longo da vida. Assim, mais do que apenas promoção da saúde ocular, a saúde global é compreendida, observando-se, também, aspectos socioeconômicos futuros para paciente e sociedade.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Montenegro, L. de A. N. (2020). IMPORTÂNCIA DO TESTE DO OLHINHO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13827

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas