RECONHECIMENTO DAS LESÕES MALIGNAS DA SUPERFÍCIE OCULAR.

Autores

Palavras-chave:

Diagnóstico, Neoplasias Oculares

Resumo

Introdução: As lesões malignas da superfície ocular estão associadas à exposição excessiva aos raios ultravioletas, lesões benignas precursoras e susceptibilidade de pacientes imunodeprimidos. Neoplasia escamosa da Superfície Ocular (OSSN) e Melanoma Conjuntival constituem as formas mais comuns e apresentam um alto potencial maligno. Reconhecer clinicamente as características dessas lesões é indispensável para o diagnóstico preciso e o estabelecimento de um tratamento eficaz. Objetivos: O estudo busca reconhecer as principais formas de apresentação das lesões malignas mais prevalentes. Metodologia: Os dados foram obtidos através das plataformas PubMed e Scielo, com o uso dos descritores: “Neoplasias Oculares” AND “Diagnóstico”. Os trabalhos foram selecionados a partir da inclusão de filtros por data de publicação entre 2012 e 2020 e da relevância dos estudos apresentados. Resultados: Com base nos quatro estudos selecionados, percebeu-se que as lesões malignas da superfície ocular são frequentemente encontradas na conjuntiva e no limbo, na área interpalpebral. Podem ser secundárias à exposição demasiada aos raios ultravioletas e ou estar associadas a lesões benignas precursoras. Pacientes imunodeprimidos, como os que realizaram transplante de órgãos e pacientes com HIV/AIDS são mais susceptíveis a desenvolver  OSSN, a qual denota lesões epiteliais com crescimento lento que podem gerar o Carcinoma Escamoso, reconhecido pelo aspecto gelatinoso, leucoplásico ou papilomatoso, que algumas vezes se difunde pelas camadas superficiais da córnea, com proeminência de vasos superficiais. Dentre as lesões benignas com alto potencial de desencadear neoplasias na superfície ocular, destaca-se a Melanose Primária Adquirida (PAM), que se apresenta clinicamente como uma lesão plana, com pigmentação castanha ou negra na conjuntiva bulbar, o aparecimento de áreas nodulares pode sugerir Melanoma Maligno Conjuntival, que embora seja uma condição rara, representa 2% de todas as malignidades oculares, caracterizando-se como uma massa ou lesão elevada conjuntival e pigmentada. A identificação das características de cada lesão ocular maligna, é um desafio enorme para o clínico e requer um conhecimento amplo tanto para identificar a doença quanto para descartar possíveis diagnósticos, pois são lesões raras e, frequentemente, estão relacionadas a lesões precursoras, razão pela qual pode existir dúvida diagnóstica, assim, o oftalmologista deve atentar também aos sinais de transformação maligna. Conclusão: Identificar precocemente as lesões malignas na superfície ocular contribui significativamente para um diagnóstico preciso, reduzindo os riscos de evolução para metástases. Portadores dessas condições devem ser avaliados de forma criteriosa por um oftalmologista. Os parâmetros das lesões são imprescindíveis para determinar o risco de malignidade e traçar o melhor plano terapêutico cirúrgico ou clínico na busca pela qualidade da visão.

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Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Silva, N. M. B., Neto, R. P. dos S., de Siqueira, C. H. B., Montenegro, L. de A. N., de Santana, P. da S., & Ribeiro, M. V. M. R. (2020). RECONHECIMENTO DAS LESÕES MALIGNAS DA SUPERFÍCIE OCULAR. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13818

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas