PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS NEOPLASIAS BENIGNA E MALIGNA DE MAMA NA REGIÃO NORDESTE
Palavras-chave:
Comorbidades, Mama, Neoplasia.Resumo
Introdução: A neoplasia maligna e benigna do câncer de mama, configura-se como um dos importantes problemas de saúde pública no Brasil. O câncer de mama é um tumor que se desenvolve nos seios como consequência de alterações genéticas em um conjunto de células mamárias, que passam a se dividir descontroladamente e modifica a histologia e imunoistoquímica do órgão. Essa neoplasia está na primeira posição entre os tipos mais comuns em indivíduos do sexo feminino (29,5%), responsável por promover um evento mundialmente conhecido em prol do seu rastreamento a fim de enraizar na sociedade sua conscientização e reduzir sua morbidade. A maior incidência em mulheres que residem em zonas urbanas é condizente com os fatores fisiológicos, além de se caracterizar provavelmente devido a fatores comportamentais e socioculturais. No quesito cor/raça, a região nordeste apresenta uma discrepância com relação a epidemiologia mundial, dado o maior acometimento de indivíduos pretos e pardos. Outrossim, observa-se semelhança com algumas unidades federativas, o que pode ser explicado pela miscigenação do Brasil. Dentre os fatores de risco, a idade é o principal deles, a partir daí os hábitos de vida e interação hormonal. Objetivo: Sob esse aspecto, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico de casos de neoplasia benigna e maligna do câncer de mama notificados na região Nordeste. Material e Métodos: Uma pesquisa de caráter epidemiológico, descritivo e transversal com dados secundários relacionados aos casos confirmados e notificados de Neoplasia maligna e benigna de mama, no período de 1995 a 2020. Os dados foram retirados do Sistema Nacional de Notificação e Agravos do Ministério da Saúde. Utilizou-se as seguintes variáveis: faixa etária, zona de residência, sexo e cor/raça. Resultados: O total de casos confirmados foi de 955.571, sendo 22,91% desses da região nordeste, onde 98,6% do sexo feminino e 1,4% do sexo masculino. A faixa etária mais comumente atingida foi entre 50 a 69 anos de idade, perfazendo um quantitativo de 50,5% dos casos cujo são consideradas a faixa etária ideal ao rastreamento bienal. No que se refere à cor/raça na região nordeste, os afrodescendentes compõem 66,24%, brancos 10,94% e os demais (amarelos, indígenas e ‘sem informação’) 22,8%. A neoplasia mamária é uma patologia de notificação compulsória, caso suspeito ou confirmado o diagnóstico, e ainda o grupo de risco para que se faça o rastreamento de forma mais incisiva e em período de tempo inferior ao da população feminina geral, sendo todas medidas armazenadas no Sistema de Informação do Controle de Câncer de Mama (SISMAMA). Em relação à faixa etária, também é possível observar correspondência com a literatura científica, visto que a maior ocorrência desses cânceres é após os 50 anos de idade, quando os riscos dessa neoplasia entram em uma curva ascendente. Conclusão: As neoplasias malignas e benignas da mama, constituem um desafio de saúde pública. Tal patologia é em parte estável, visto as campanhas de rastreamento e diagnóstico precoce ofertadas. Sendo possivelmente evitáveis, é necessário maior observância das diretrizes, protocolos de diagnóstico e tratamento que predispõem o desenvolvimento dessas neoplasias.
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