FATORES ASSOCIADOS À ERITROBLASTOSE FETAL

Autores

  • Wanneska Nogueira Andrade
  • Eduarda dos Santos Ribeiro
  • Elianara Kelly Vieira da Silva
  • Letícia de Albuquerque Jatobá
  • Renata de Almeida Rocha Maria

Palavras-chave:

eritroblastose fetal, fatores, prevenção.

Resumo

Introdução: A Doença Hemolítica Perinatal RhD (DHPN-RhD), também conhecida como Eritroblastose Fetal, é uma patologia resultante da aloimunização de mulheres RhD negativo com o feto RhD positivo, levando a mãe a desenvolver anticorpos contra os eritrócitos do feto, que ocorre se a mesma foi anteriormente sensibilizada em uma gestação de uma criança Rh positivo, a qual as hemácias do concepto passam para sua corrente sanguínea ou por meio de uma transfusão de sangue incompatível, o que pode ocasionar diversas complicações para o feto em desenvolvimento como anemia, hiperbilirrubinemia severa, dano cerebral irreversível e até a morte, decorrente da exposição a esses antígenos eritrocitários não compatíveis. Objetivo: Analisar os fatores associados à eritroblastose fetal. Método: O presente estudo baseou-se em uma revisão de literatura com busca de artigos científicos disponíveis em bases de dados online, como Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), sendo cruzados com o operador booleano AND, os descritores “eritroblastose fetal”, “fatores” e “prevenção”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, publicados em português, entre os anos de 2009 a 2019 e disponíveis na íntegra. Já o critério de exclusão foi: a não relevância ao tema. Foram identificadas 15 publicações e selecionou-se ao final 5 publicações. Resultados: Dentre os fatores associados ao desenvolvimento da eritroblastose fetal, a incompatibilidade do fator Rh resulta em afecções generalizadas, destruição das hemácias e presença de células jovens ou imaturas na corrente sanguínea. Embora já exista um processo de profilaxia contra a aloimunização materna, através da administração de imunoglobulina anti-Rh D, a doença ainda continua mantendo uma alta incidência, representando uma parcela importante da morbimortalidade perinatal e neonatal existente, o que torna um importante problema de saúde pública, sendo o acompanhamento ineficiente das gestantes no pré-natal e a administração da imunoglobulina tardiamente, fatores que interferem diretamente no processo de prevenção, facilitando aparecimento de danos à saúde do binômio. Conclusão: Em suma, os fatores associados à eritroblastose fetal estão relacionados com a incompatibilidade do fator Rh, acompanhamento ineficiente das gestantes no pré-natal e a administração da imunoglobulina tardiamente. Portanto, uma profilaxia eficaz é essencial para o diagnóstico precoce e escolha do melhor tratamento para doença hemolítica perinatal, iniciando antes mesmo do início da gestação, tão logo a realização do teste de Coombs indireto, a fim de detectar precocemente a incompatibilidade e promover um melhor acompanhamento e prevenção de danos à saúde da gestante, evitando o desenvolvimento da patologia.

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Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Andrade, W. N., Ribeiro, E. dos S., Vieira da Silva, E. K., Jatobá, L. de A., & Rocha Maria, R. de A. (2020). FATORES ASSOCIADOS À ERITROBLASTOSE FETAL. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13811

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas