USO DA IMUNOINFORMÁTICA PARA DESENHO VACINAL BASEADA EM PROTEÍNAS E EPÍTOPOS DE CORYNEBACTERIUM PSEUDOTUBERCULOSIS

Autores

  • Daniela DROPPA-ALMEIDA Laboratório de Biomateriais e Biologia Molecular Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP)
  • Felipe Santos Rocha Universidade Tiradentes - Graduando em Enfermagem
  • Tatiane Batista dos Santos Universidade Tiradentes - Graduando em Enfermagem
  • Bruna Mylena Alves de Souza Universidade Tiradentes - Graduando em Enfermagem
  • Glenda Amaral da Silva Instituto de Tecnologia e Pesquisa
  • Francine Ferreira Padilha Pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa Programa de Pós Graduaçao em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

Bioinformática, Linfadenite Caseosa, vacina

Resumo

Introdução: A vacinaçao tem sido considerada o melhor custo benefício, seja para saúde humana ou animal. A Linfadenite Caseosa (LC) é uma enfermidade infectocontagiosa que acomete ovinos e caprinos, no entanto o agente etiológico (AE) é capaz de infectar outros hospedeiros levando a quadros clínicos distintos. Seu AE é a bactéria Gram-positiva Corynebacterium pseudotuberculosis, esta bactéria sobrevive por meses no ambiente e no organismo devido a uma reação do sistema imunológico leva a formação de piogranulomas que podem ser encontrados em linfonodos e em alguns órgãos. Atualmente a vacina comercial apresenta baixa proteção dos animais e necessita de reforços anuais, tornando deste modo uma estratégia dispendiosa. A busca por uma vacina eficaz para LC é recorrente e diversos genomas já foram sequenciados no intuito de obter informações pertinentes para gerar uma vacina eficaz, utilizando neste contexto a vacinologia reversa. Das estratégias vacinais mais testadas no meio cientifico destaca-se o uso de proteínas recombinantes e peptídeos, neste contexto pode-se usar ferramentas de bioinformáticas disponível que auxiliarão na escolha de antígenos vacinais. Objetivo: Diante disso o objetivo desse trabalho foi utilizar ferramentas de bioinformática para selecionar antígenos de C. pseudotuberculosis para formular uma vacina contra LC. Metodologia: Para isso usou-se o software Vaxign que através do genoma bacteriano selecionado escolhe as proteínas extracelular, após essas proteínas foram caracterizadas

 

 

com o uso de Protparam, VaxiJen, AlgPred, predição de epítopos pelo IEDB e uso do Vaccine CAD para melhorar a entrega desses peptídeos. Resultados: Um total de 22 proteínas foram preditas pelo Vaxign e após as caracterizações com o Protparam, VaxiJen e AlgPred apenas 10 seguiram para predição de epítopos pelo IEDB. Em relação aos epítopos as 10 apresentaram em torno de 7 regiões capazes de ativar o sistema imunológico e todos essas sequencias peptídicas foram utilizadas no Vaccine CAD que fornece espaçamentos capazes de melhorar a entrega e ativação da resposta imune, melhorando neste contexto a eficácia vacinal. Conclusão: Diante dos resultados foi possível encontrar 10 potenciais antígenos que podem formular uma vacina recombinante e cada um desses antígenos foi capaz de apresentar epítopos que interagem com a resposta imunológica podendo compor uma vacina peptídica baseada em múltiplos epítopos. Ambas formulações vacinais tem apresentado resultados promissores na área de vacinas por serem estratégias seguras e capazes de ativar uma resposta imunológica eficaz.   

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Biografia do Autor

Daniela DROPPA-ALMEIDA, Laboratório de Biomateriais e Biologia Molecular Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP)

Formada em Ciências Biológicas licenciatura plena (2008), mestre em Biotecnologia Industrial (2013) e doutoranda na mesma área. Tem experiência em microbiologia,
biologia molecular, proteômica, cultura de células, ELISA e desenvolvimento de nanopartículas. Atualmente, trabalha com os temas: produção de vacinas de segunda e
terceira geração para Linfadenite Caseosa (LC), Kit diagnóstico sorológico por ELISA e técnicas de biologia molecular para LC, produção de goma xantana - potencial
aplicação na área da saúde (utilização como adjuvante para vacinas), utilização de própolis vermelha como potencial adjuvante para vacinas recombinantes, produção de
nanopartículas para entrega de fármacos e direcionamento de vacinas. Utilização de extrato de plantas para atividades antimicrobianas.

Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

DROPPA-ALMEIDA, D., Rocha, F. S., Santos, T. B. dos, Souza, B. M. A. de, Silva, G. A. da, & Padilha, F. F. (2020). USO DA IMUNOINFORMÁTICA PARA DESENHO VACINAL BASEADA EM PROTEÍNAS E EPÍTOPOS DE CORYNEBACTERIUM PSEUDOTUBERCULOSIS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13806

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas