O DESCONTROLE GLICÊMICO DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS NAS CAUSAS DAS PERDAS AUDITIVAS
Palavras-chave:
Comorbidades, degeneração auditiva, doença crônica.Resumo
Introdução: No presente trabalho foi feita uma revisão literária acerca do diabetes mellitus (DM) e sua interferência no sistema auditivo. Com isso, foi possível identificar que o DM associado a diferentes comorbidades — hipertensão arterial, obesidade e dislipidemia, por exemplo — causa maior perda auditiva, sendo este estado fisiopatológico encontrado em ambos os seus tipos. Tendo como fulcro o conhecimento de que doenças crônicas possuem potencial para atuar na ineficiência do sistema fisiológico, o DM enquadra-se nessa denominação, sendo ele uma doença metabólica de múltiplas origens na qual ocorre uma alteração no metabolismo da insulina, ora por falha na produção devido a destruição autoimune das células beta do pâncreas, tipo 1, ora por resistência à sua ação, tipo 2. Sendo assim, através de estudos, foi possível identificar como complicação da doença a sua duração e interação com outros fatores de risco. No entanto, alterações auditivas também devem ser consideradas, visto que as modificações anatômicas e fisiológicas advindas de processo de hiperglicemia têm potencial para lesionar vasos sanguíneos e nervos, podendo ocorrer atrofia do gânglio espiral, e a redução do número de fibras nervosas na lâmina espiral. Objetivo: Correlacionar o descontrole glicêmico de pacientes com diabetes mellitus nas causas das perdas auditivas. Metodologia: Foi feita uma extensa pesquisa da literatura na base de dados Scielo utilizando a estratégia de busca “perda auditiva AND diabetes”, onde foram encontrados 26 artigos, sendo usados 3 para composição da pesquisa, sendo inclusos em língua inglesa ou portuguesa e escritos a partir de 2015. Resultados: Foi apurado que não houve diferença estatisticamente significativa entre as orelhas estudadas. Em um dos estudos foi identificado que o grau de perda auditiva era mais intenso em pessoas acometidas por diabetes associada a outras comorbidades, como hipertensão, obesidade e dislipidemia. Por fim, foi visto que nos homens diabéticos há maior chance de degeneração auditiva, se comparado com as mulheres. Conclusão: De todos os pacientes estudados, a degeneração auditiva — especificamente das paredes dos vasos e nervos da região auricular — estava significativamente ligada ao diabetes de ambos os tipos. Dessa forma, quanto maior o tempo em que estivessem acometidos pela doença e quanto mais comorbidades os pacientes apresentavam, maiores eram os danos à sua audição. Ademais, o quanto antes a perda auditiva fosse evidenciada e associada a estas comorbidades, melhores seriam as chances de ofertar o tratamento adequado, proporcionando uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, inclusive no tocante ao seu grau de perda auditiva. Portanto, é necessário que ainda sejam feitos mais estudos com a finalidade de entender mais sobre causas e prevenções associadas ao DM, comorbidades e perda auditiva, de maneira que mais pacientes possam desfrutar de uma melhora em sua qualidade de vida.Downloads
Referências
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