Perfil epidemiológico e histopatológico dos casos de melanoma cutâneo diagnosticados no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes em Maceió no período de 2018 e 2019
Palavras-chave:
melanoma, biópsia, neoplasia malignaResumo
INTRODUÇÃO: O melanoma é uma neoplasia que tem origem nos melanócitos, altamente invasivo por sua capacidade metastática, responsável por grande parte das mortes causadas por tumores de pele. A avaliação histopatológica é fundamental para determinar a natureza da lesão e fornecer informações prognósticas importantes que ajudam no manejo da doença, constituindo o padrão-ouro no diagnóstico do melanoma cutâneo (MC). Diante disso, é preciso conhecer o perfil epidemiológico e histopatológico do melanoma para contribuir com o planejamento e avaliação de ações e programas de saúde pública, visando medidas para o controle e minimização dos seus agravos. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico e histopatológico do melanoma no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), identificar seus tipos mais prevalentes, correlacioná-los com os fatores de risco e a importância da prevenção do câncer de pele. METODOLOGIA: Foi utilizado o método observacional transversal sobre o MC no HUPA, sendo a amostra colhida pela análise de prontuários dos anos de 2018 e 2019. Além do aprofundamento teórico a partir da base de dados LILACS, SciELO, PUBMED e do portal do Ministério da Saúde sobre a epidemiologia e histopatologia do MC, a partir da pesquisa com os descritores: melanoma; biópsia; neoplasia maligna; epidemiologia. RESULTADOS: Em 2018, 70% dos pacientes diagnosticados com MC foram mulheres, 70% com idade igual ou superior a 60 anos. Na análise dos níveis de Clark, foi encontrado com maior frequência o nível V com 30% dos casos. Em relação ao Breslow: 10% teve espessura entre 0,76mm e 1,5mm, 20% entre 1,5 mm e 4mm, 50% maior que 4 mm, e apenas 20% dos pacientes diagnosticados não constavam sobre o Breslow. A localização mais prevalente do MC em 2018 foi a cabeça com 30% dos casos. Em 2019, 83,3% dos pacientes foram mulheres; 66,6% igual ou superior a 60 anos. A localização da lesão mais prevalente foi nos membros inferiores (MMII) (50%). Nos níveis de Clark houve prevalência do nível II com 33%. Já o Breslow, 66,6% estavam entre 0,76 a 1,6mm. CONCLUSÃO: Os resultados mostrados revelam a relação direta do MC com a exposição solar, como já demonstrado na literatura, uma vez que dentre as localizações mais frequentes, estão a cabeça e os MMII. Esses achados fortalecem a importância do reconhecimento dos fatores de risco para prevenção do MC e melhora no prognóstico dos pacientes.
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Referências
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