MORTALIDADE POR TRANSTORNOS FALCIFORMES EM ALAGOAS NO PERÍODO DE 2008 A 2018: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Palavras-chave:
Doença Falciforme, Epidemiologia, Mortalidade.Resumo
Introdução: A doença falciforme (DF) é uma das enfermidades genéticas e hereditárias mais comuns no mundo. Sendo decorre de uma mutação no gene que produz a hemoglobina A, originando outra, mutante, denominada hemoglobina S, de herança recessiva. Apesar das particularidades que as distinguem, todas essas combinações têm manifestações clínicas e hematológicas semelhantes, por isso, universalmente, as condutas são iguais para todas, levando-se em consideração apenas o curso mais ou menos severo de cada uma delas (BRASIL, 2015). Quando não recebem os cuidados necessários, a letalidade da DF é de 80% das crianças com menos de 5 anos de idade, as infecções constituem a principal causa de morte em DF, podem provocar a morte em poucas horas (BRASIL, 2012). Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de mortalidade por transtornos falciformes no estado de Alagoas no período de 2008 a 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, utilizando dados secundários, obtidos pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) disponibilizados pelo Ministério da Saúde, acessados através do portal DATASUS. foram descritas as características epidemiológicas dos óbitos por DF de pessoas residentes no estado de Alagoas, tendo como variáveis municipio, raça/cor da pele, sexo, faixa etária e escolaridade no periodo de 2008 a 2018. Resultados: No estado de Alagoas foram totalizados 67 óbitos por doença falciforme durante a década estudada. O município de Maceió, capital do estado, apresentou maior número de óbitos registrados pela doença (28 óbitos) seguido de Rio Largo (4 óbitos) e Penedo (3 óbitos). O sexo masculino foi o mais afetado pela DF (40 óbitos). A cor/raça parda foi identificada como a mais prevalente (43 óbitos) e a faixa etária com maior predominância de óbitos foi de 20 a 29 anos totalizando 15 óbitos. No período estudado, a escolaridade com maior ocorrência de óbitos por DF foi de ignorados, seguida de 1-3 anos com 10 óbitos. Conclusão: Os dados analisados refletem a eficácia do diagnóstico precoce pela triagem neonatal do Ministério da saúde, já que as complicações mais graves da DF se dá na infância podendo reduzir os índices de mortalidade no estado e no país. Apesar de serem poucos os dados, foi observado o não preenchimento ou o preenchimento inadequado da cor/raça dos pacientes, uma vez que é importante esse preenchimento para traçar o perfil dos óbitos, principalmente da doença, já que na literatura se dá em maior predominância em negros e pardos.
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Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Doença falciforme: diretrizes básicas da linha de cuidado. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponivel em: http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/09/doenca_falciforme_diretrizes_basicas_linha_cuidado.pdf. Acessado. em: 10 de agosto de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Doença falciforme: condutas básicas para tratamento. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponivel em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_condutas_basicas.pdf. Acesso em: 10 de agosto de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde - DATASUS. Informações de Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade. Disponível em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10AL.def. Acessado em 10 de agosto de 2020.
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