CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS NO ESTADO DE ALAGOAS NO PERÍODO ENTRE 2009 E 2018.
Palavras-chave:
Alagoas, Cardiopatias Congênitas, EpidemiologiaResumo
Introdução: As cardiopatias congênitas são distúrbios embrionários que ocorrem no coração ou grandes vasos da base que comprometem significativamente a função do aparelho cardiocirculatório. São importantes causas de morbimortalidade e acarretam prejuízos na qualidade de vida de seu portador, bem como sua inserção e desempenho social, profissional e econômico. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico das internações hospitalares no Sistema Único de Saúde e dos óbitos infantis por malformações congênitas do aparelho circulatório no estado de Alagoas, entre o período de 2009 a 2018. Metodologia: Estudo epidemiológico transversal e retrospectivo. Dados coletados no sitio do Departamento de Informática do SUS - DATASUS. O período de estudo foi de janeiro de 2009 até dezembro de 2018. Variáveis utilizadas: Capítulo XVII e categorias Q20 a Q26 do Código da Décima Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), faixa etária até 14 anos, sexo, raça/cor, região de saúde do município de residência e tipo de cardiopatia congênita. Os coeficientes de mortalidade neonatal precoce, tardio, pós-neonatal e infantil foram calculados. Resultados: Do total das 697 internações ocorridas no período estudado, 94,54% das admissões ocorreram na 1ª região de saúde, 53,22% eram do feminino, 37,01% pardos, 4,88% eram brancos, 0,86% pretos e 41,75% eram menores de um ano. Sobre os óbitos, do total de 618 mortes, 51,3% eram indivíduos do sexo masculino, 57,44% foram declarados pardos, 22,17% brancos, 1,3% pretos, 25,24% possuiam idade entre 0 a 6 dias, 12,78% entre 7 a 27 dias e 43,04% 28 a 364 dias. Quanto aos tipos de malformações responsáveis pelo falecimento (CID-10), 5,5% eram das câmaras e comunicações cardíacas (Q20), 12,45% dos septos cardíacos (Q21), 1,46% das valvas pulmonares tricúspides (Q22), 1,46% das valvas aórtica e mitral (Q23), 73,62% das outras malformações congênitas do coração (Q24), 5,18% das grandes artérias (Q25) e 0,32% das grandes veias (Q26). O coeficiente de mortalidade neonatal precoce correspondeu a 0,3; o tardio a 0,15, o pós-natal a 0,5 e o infantil a 0,95. Conclusão: As malformações do aparelho circulatório, especialmente as cardiopatias congênitas, são um grave problema de saúde pediátrica no estado de Alagoas, devido a sua grande relevância como fator de mortalidade e internação hospitalar infantil, principalmente nos indivíduos menores de um ano de idade.Downloads
Referências
CAPPELLESSO, V. R.; AGUIAR, A. P. Cardiopatias congênitas em crianças e adolescentes: caracterização clínico-epidemiológica em um hospital infantil de Manaus-AM. O Mundo da Saúde. São Paulo: 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de informações hospitalares do SUS. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/niAL.def>. Acesso em: 15 abr. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de informação sobre mortalidade. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10AL.def>. Acesso em: 17 jun. 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Tratado de Pediatria. Manole, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - SEMPESq - Alagoas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter os originais os autores cedem os direitos de publicação para a Sempesq. O autor(a) reconhece esta como detentor(a) do direito autoral e ele autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso, desde quando citada a fonte.