Suicídio: Uma questão de saude pública
Palavras-chave:
Saúde. Suicídio. Pública.Resumo
INTRODUÇÃO: O Suicídio é uma causa de óbito evitável, responsável por 1 morte a cada 40 segundos no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014), sendo o Brasil ocupante do oitavo maior número de casos registrados entre adultos em início de suas vidas produtivas (OMS, 2014). Este estudo tem como finalidade identificar o suicídio como um problema de saúde pública, estabelecendo as principais causas para ao aumento de seus índices no Brasil e apresentando a necessidade da atuação multiprofissional na saúde pública para a identificação precoce do indivíduo com risco suicida e as principais políticas públicas de prevenção ao suicídio no país. METODOLOGIA:Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, sendo incluídos artigos nas bases de dados UpTo Date, LILACS, PubMed, assim como dados do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde. Foram analisados artigos nas línguas Português e Inglês, assim como aqueles correspondentes à faixa etária de 15-29 anos, sendo excluídos artigos que não corresponderam a estes quesitos. RESULTADOS E DISCUSSÃO:De acordo com a análise, foi possível perceber a necessidade de encarar o suicídio como uma questão de saúde pública, de maneira que sua identificação e intervenção precoce acarretam diretamente na redução no número de óbitos, assim como o entendimento deste como reflexo de inúmeros contextos pessoais e sociais, partindo-se do pressuposto que esta seria uma causa de morte 100% evitável. Para que isso seja possível, é de extrema importância que os profissionais de atenção básica, assim como os demais setores da sociedade, encontrem-se capacitados para a identificação precoce de comportamentos ou discursos sugestivos de um estado de sofrimento mental e adoção das práticas previstas em lei para a prevenção ao suicídio de maneira contínua ao longo de todo calendário anual do Ministério da Saúde, além do entendimento multidisciplinar do suicídio como problema de saúde pública. CONCLUSÃO: De acordo com a análise, foi possível perceber a necessidade de encarar o suicídio como um problema de saúde pública. Sua identificação e intervenção precoce acarretam diretamente na redução no número de óbitos nacionais, partindo-se do pressuposto que esta seria uma causa de morte evitável. Para que isso seja possível, é de extrema importância que os profissionais de atenção básica, assim como os demais setores da sociedade, encontrem-se capacitados para a identificação precoce de comportamentos ou discursos sugestivos de um estado de sofrimento mental, além da adoção das práticas previstas em lei para a prevenção ao suicídio e a automutilação.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Felipe Mateus de. O suicídio: contribuições de Émile Durkheim e Karl Marx para a compreensão desse fenômeno na contemporaneidade. Revista Aurora, v. 11. n. 1, p. 119-138. 20018.
ANTUNES, J. P. de J. Crise econômica, saúde e doença. Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde. Psicologia, saúde e doença, 2015, 16 (2), 267-277. 2015.
BAPTISTA, R. D. Capitalismo e suicídio, uma história de amor. ANO XVII, Nº 217 - 2ª QUINZENA DE OUTUBRO E 1ª DE NOVEMBRO DE 2018. 2018.
DEJOURS, A loucura do trabalho: estudo de Psicopatologia do Trabalho. São Paulo: Cortez, 1998.
BRASIL. Portaria nº 1.876 de 14 de agosto de 2006. Ministério da Saúde. 2006
BRASIL. Portaria nº 1.271 de 6 de junho de 2014. Ministério da Saúde. 2014.
BRASIL. Boletim epidemiológico - Perfil epidemiológico das tentativas e óbitos por suicídio no Brasile a rede de atenção à saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde. Volume 48, nº 30. 2017.
BRASIL. Portaria nº 3.491 de 18 de dezembro de 2018. Ministério da Saúde. 2017.
BRASIL. Lei nº 13.819 de 26 de abril de 2019. Presidência da República. 2019.
CARTA MAIOR. “Sobre o suicídio”, de Karl Marx. Disponível em: https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/-Sobre-o-suicidio-de-Karl-Marx/12/9407. 2006.
CASTRO, M. F. Os direitos humanos na formação intelectual do jovem Marx. Rev. direitos fundam. democ., v. 22, n. 1, p. 149-175, jan./abr. 2017.
FALAGAS, M. et al. Economic crises andmortality: a reviewoftheliterature. InternationalJournalofclinicalpractice. 2009.
LESSA, S. Identidade e individuação. Revista Ktálysis, v. 7 n. 2 jul./dez. Florianópolis. 2004.
LESSA, S. História e ontologia: a questao do trabalho. Crítica Marxista. 2005.
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. São Paulo. 2003.
MARX, K. Sobre o suicídio. São Paulo: Boitempo, 2006.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Previnting suicide, a global imperative. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/suicide-prevention/world_report_2014/en/. Acesso em 18 de setembro de 2019. 2014.
RODRIGUES, ALVARO e RONDINA. Sofrimento no trabalho na visão de Dejours. Revista Científica eletrônica de psicologia, ano IV, nº 7. 2006.
UNIFESP. Estudos detalham perfil de casos de suicídio na adolescência no Brasil. Departamento de Comunicação Institucional. Disponível em: <https://www.unifesp.br/reitoria/dci/releases/item/3803-estudos-detalham-perfil-de-casos-de-suicidio-na-adolescencia-no-brasil>. 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - SEMPESq - Alagoas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter os originais os autores cedem os direitos de publicação para a Sempesq. O autor(a) reconhece esta como detentor(a) do direito autoral e ele autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso, desde quando citada a fonte.