Staphyloccocus aureus Resistente à Meticilina (MRSA) em Laboratório Vinculado a Rede Hospitalar em Maceió, Alagoas
Palavras-chave:
Epidemiologia, MRSA, Staphylococcus aureusResumo
INTRODUÇÃO: O Staphylococcus aureus resistente à meticilina, conhecido como MRSA, se alastrou nos hospitais tendo como consequência a limitação da antibioticoterapia, dentre elas a meticilina. São bactérias Gram-positivas, catalase positiva, anaeróbios facultativos e possuem arranjo semelhante a cachos de uva. Segundo os registros do National Nosocomial Infection Surveillance System (NNISS), revelam que MRSA é responsável por 59,5% das infecções em hospitais nos EUA. E ainda, apontam que o número de pacientes com infecção pelo mesmo patógeno foi de 80.461, ocasionando a morte de 11.285 pacientes. Já no Brasil, a assiduidade de S. aureus alcança valores elevados, sendo de 30% a 80% nos hospitais brasileiros. OBJETIVO: Nessa perspectiva, a pesquisa teve como objetivo avaliar a prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina em laboratório vinculado a rede hospitalar de Maceió, Alagoas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, onde foram analisados os livros de registros do setor de microbiologia do Laboratório de Patologia e Medicina Laboratorial-CPML/UNCISAL no período entre 2015 a 2020. Foram observados gênero, sítio anatômico, amostra biológica dos pacientes e perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Que por sua vez foram coletados161 casos. DISCUSSÃO: Infecções por MRSA são mais frequentes nos casos de infecções nosocomiais. Sendo as mãos dos profissionais da saúde o veículo principal para a transmissão. Diante dos resultados analisados na pesquisa, constatou-se a frequência dos grupos de pacientes acometidos por infecções em decorrência dos Staphylococcus aureus resistente à meticilina. O grupo com maior evidência foi do gênero masculino, representando 94 casos (54,6%), seguido do grupo feminino (28,5%) e recém-nascidos (16,9%). O S. aureus tornou-se resistente à meticilina decorrente da existência do gene MecA, que altera as proteínas destas bactérias fazendo com que não ocorra a ação de alguns beta-lactâmicos, facilitando a sua resistência a alguns fármacos. Em relação ao perfil de sensibilidade aos antibióticos, nossos resultados apresentaram uma grande frequência para a teicoplanina e clindamicina, sendo a tetraciclina a droga que mais se apresentou resistente para esta bactéria. A partir dos dados contidos nos livros de registros, foi verificado a prevalência dos sítios anatômicos em culturas positivas para MRSA, sendo o sangue a amostra clínica com maior freqüência de casos (54,0%), e líquido ascítico apresentando apenas 0,6%. CONCLUSÃO: Conclui-se que cepas de MRSA possuem alta prevalência nos hospitais de Maceió-AL, levando a um grande impacto dentro do ambiente hospitalar devido à facilidade de disseminação desta espécie. Assim, as informações descritas neste estudo servirá de subsídios para dados epidemiológicos referente a temática, visto que referências sobre cepas multirresistentes eram escassas no município de Maceió-AL. Sendo útil também para promoção educacional dos profissionais de saúde, constituindo medidas eficazes para o controle das infecções hospitalares e da disseminação do MRSA, reduzindo os impactos epidemiológicos deste crescente problema de saúde.
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Referências
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