QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE
Palavras-chave:
Qualidade de vida, insuficiência renal crônica, diálise renal.Resumo
Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) pode ser definida como uma síndrome clínica, irreversível, de perda lenta e progressiva da função e estrutura dos rins. Trata-se de um importante agravo devido ao seu grande impacto econômico e social, que se relaciona a sua elevada morbimortalidade e aos altos custos atribuídos ao tratamento. A doença e o seu tratamento causam repercussões negativas na vida de seus portadores que levam alterações na saúde física com consequente redução da reserva muscular o que contribui negativamente na capacidade funcional, e no bem-estar geral desses pacientes. Objetivo: analisar a qualidade de vida e força de preensão palmar (FPP) de pacientes com DRC. Metodologia: Estudo transversal descritivo, realizado de fevereiro a março de 2020, com pacientes com DRC assistidos por um centro de referência em hemodiálise do estado de Alagoas. A pesquisa encontra-se aprovada pelo comitê de ética e pesquisa sob parecer de número 3.356.492. A coleta de dados foi realizada a partir da aplicação de dois questionários, um de caracterização e outro intitulado Kidney Disease and Quality of life – Short Form – KDQOL – SF 1.3 para avaliação da qualidade de vida (QV). Através desse questionário é gerado um escore para cada item (ou questão), transformado numa escala de 0 a 100, na qual valores mais próximos de 0 refletem QV menos favorável e aqueles mais próximos de 100 uma QV mais favorável. Ao final agrupou-se os valores em quintis onde o 1º compreendeu valores de 0 a 20 classificando como QV péssima, o 2 º valores de 21 a 40 - QV ruim, 3 º valores de 41 a 60 – QV regular, 4 º valores de 61 a 80 – QV boa e valores de 81 a 100 QV ótima. A FPP foi avaliada através do uso de um dinamômetro digital nas mãos direita e esquerda e, ainda a média de força para ambas as mãos. Foi realizada análise por meio de estatística descritiva. Resultados: Foram avaliados 83 pacientes, sendo pouco mais da metade da amostra do sexo masculino e com predominância de adultos. Através do questionário de QV constatou-se que 1/3 dos pacientes apresentaram QV regular, já o somatório dos quintis péssimo, ruim e regular ultrapassou os 50%. A maior parte dos idosos se encontravam com QV regular. Levando em consideração o tempo de diálise observou-se que tanto os indivíduos que iniciaram o tratamento a 2 anos, quanto os com mais de 2 anos apresentaram QV regular. A análise dos domínios demostrou que aqueles com menor média de pontuação foram: trabalho e função física. A média da FPP foi menor em pacientes do sexo feminino, idosos e naqueles com menor tempo de tratamento. Conclusão: A qualidade de vida destes pacientes se encontra comprometida o que pode estar associado ao agravo aqui estudado (DRC). Tais achados reiteram a necessidade de investimentos na atenção primária à saúde, visto que, o reconhecimento dos fatores associados à DRC se torna importante para prevenção e implementação de novas estratégias com o intuito de evitar a evolução da doença e trazer melhorias na qualidade de vida destes pacientes.
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Referências
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