ASSOCIAÇÃO ENTRE ASMA E OBESIDADE NO PÚBLICO INFANTIL

Resumo

Introdução: A asma é uma doença crônica heterogênea caracterizada por ataques recorrentes de falta de ar e chiado no peito, que variam em gravidade e frequência de pessoa para pessoa. Numerosos estudos conduzidos em todo o mundo indicaram que a prevalência de asma é maior em indivíduos obesos do que magros. Além disso, tanto em crianças quanto em adultos, foi observado que a obesidade antecede a asma e que o risco relativo de asma aumenta com o índice de massa corporal (IMC). Objetivo: Realizar uma revisão da literatura a fim de avaliar a associação entre asma e obesidade no público infantil. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida a partir de artigos publicados entre os anos de 2015 a 2020 indexados nas bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Biblioteca Nacional de Medicina (PUBMED), utilizando as seguintes palavras-chaves: Asthma AND Children AND Obesity. Após a pesquisa dos artigos, realizou-se um processo de triagem por meio da leitura dos títulos e resumos, onde foram selecionados seis artigos. Resultados: Os estudos mostraram que crianças obesas são mais acometidas com asma quando comparado a crianças eutróficas. Há maior prevalência de asma em obesos do sexo feminino, podendo esse achado ser justificado por influências hormonais. Porém, outros estudos apontam que meninos e meninas apresentam a mesmas chances desse agravo.Jovens obesos têm, aproximadamente, quatro vezes a chance de ter asma grave que aqueles que não são obesos. Os indivíduos que residem em áreas urbanas também apresentam mais chances de desenvolver a obesidade e posteriormente a asma, devido às questões ambientais, sociais e comportamentais. Já os de áreas rurais apresenta chances baixas. Em geral, a obesidade também pode piorar o controle da asma, levando a piores evoluções clínicas. Conclusão: Conclui-se que a prevalência da asma em crianças tem aumentado, sobretudo naquelas que possuem excesso de peso, podendo ser um agravante, uma vez que está associada a piores desfechos clínicos. Dessa forma, torna-se necessário a implantação e implementação de programas de saúde pública que promovam mudanças no estilo de vida e que ofereçam tratamento adequado, contribuindo assim para saúde infantil.