CARACTERIZAÇÃO IN SILICO DE PROTEÍNAS DE CORYNEBACTERIUM PSEUDOTUBERCULOSIS E INTERAÇÃO COM RECEPTORES IMUNOLÓGICOS
Palavras-chave:
Bioinformática, Linfadenite Caseosa, vacina.Resumo
Introdução: Corynebacterium pseudotuberculosis, um patógeno zoonótico que causa uma pseudotuberculose ou Linfadenite Caseosa (LC), patologia essa que é caracterizada pelo desenvolvimento de abcessos, principalmente em linfonodos internos e superficiais, e também em orgãos vicerais. Globalmente, ela acomete várias espécies de animais, como cabras, ovelhas, bovinos, cavalos dentre outros. E assim causando consideráveis perdas econômicas na indústria pecuária em todo o mundo. A vacinal comercial atual mostra ter baixa proteção e anualmente esses animais precisam ser vacinados. Com isso, busca-se encontrar novas moléculas para a produção de vacinas. O uso da bioinformática tem sido crescente no desenho de vacinas e consiste em analisar informações na triagem do genoma do patógeno e verificar inúmeras proteínas putativas e assim seleciona-las in silico. Visto que, através do auxílio dessa seleção, há possíveis chances dessas proteínas terem um potencial para formular vacinas recombinantes. Objetivo: Selecionar antígenos que apresentem potencial para compor uma vacina recombinante contra LC. Metodologia: Foi realizado o acesso no site da GenPept em busca de proteinas de C. pseudotuberculosis para seleção e subsequente análises de bioinformática para verificar sua localização subcelular com o uso do ProtCompB, antigenicidade pelo VaxyJen 2.0, alergenicidade pelo AlgPred e presença de epitopos imunodominantes de células B pelo IEDB, assim como prever sua estrutura 3D pelo GalaxyTBM e verificar a interaçao das proteinas com receptores imunológicos pelo SwarmDock. Resultados: Um total de quatro proteínas foram selecionadas a CP1 (QHQ71015.1), CP2 (QHQ71010.1), CP3 (QHQ71032.1) e CP4 (AKI59373.2). Após a obtênçao das sequência primária as mesmas foram analisadas no ProtCompB para verificar sua localizaçao subcelular, onde a CP1 e CP2 apresentaram peptídeo sinal como proteina secretada e as CP3 e CP4 classificada como citoplasmática sendo excluídas das próximas análises Pelo VaxyJen ambas proteínas (CP1 e CP2) apresentou-se antigênica com um score de 0.76 e 0,46 nessa devida ordem. Com o resultado do VaxyJen a CP1 e a CP2 seguiu com as demais análises, e ambas não são alergênica segundo o AlgPred. No IEDB a CP1 apresentou um epítopo imunodominante para células B e CP2 apresentou quatro epítopos imunodominantes para células B. Após ambas tiveram sua estrura 3D predita e ambas apresentaram interaçao com o receptor TLR2. Conclusão: A busca de potenciais antígenos através da bioinformática tem sido amplamente utilizada devido a especificidade dos softwares e o baixo custo dos mesmos ao comparar com as etapas experimentais que muitas vezes podem ser suprimidas. Diante dos resultados expostos, foi possível selecionar a CP1 e a CP2 pois ambas foram antigênica e não alergênica, e com uma e quatro regiões, respectivamente, capazes de interagir com anticorpos, em relaçao a interaçao com o TLR2 é possivel predizer a possivel ativaçao da resposta inata e subsequente ativaçao da resposta imune adaptativa, tornando-as potenciais alvos para futuros testes experimentais.Downloads
Referências
ARAÚJO, Carlos Leonardo et al. Prediction of new vaccine targets in the core genome of Corynebacterium pseudotuberculosis through omics approaches and reverse vaccinology. Gene, v. 702, p. 36-45, 2019.
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