ETIOLOGIA E MANEJO DO OLHO VERMELHO PARA O MÉDICO GENERALISTA

Autores

  • Vitor Souza Magalhães UNIT-AL https://orcid.org/0000-0003-4308-4390
  • Carlos Eduardo Ximenes da Cunha UNIT-AL
  • Carlos Henrique Bezerra de Siqueira UNIT-AL
  • Monique Albuquerque Amorim UNIT-AL
  • Zanine Maria Barbosa Pereira Pedrosa de Oliveira UNIT-AL
  • Marina Viegas Moura Rezende UNIT-AL

Palavras-chave:

atenção primária, olho vermelho,

Resumo

Introdução: Olho vermelho é uma condição frequentemente encontrada pelo médico generalista que, por sua vez, deve reconhecer os sinais de alerta dessa condição e  saber quando encaminhar o paciente para um exame mais detalhado com o especialista. A anamnese bem feita aliada a um exame oftalmológico completo poderá definir a necessidade de acompanhamento por oftalmologista ou seguimento ambulatorial. Exames simples como a avaliação da acuidade visual (AV) podem e devem ser realizados em todos pacientes com queixas visuais. Objetivos: O estudo busca identificar as principais etiologias do olho vermelho e orientar o médico generalista quanto a conduta correta nessa situação. Metodologia: Os dados foram obtidos a partir de busca nas bases de dados científicos na área da saúde: PubMed, com o uso dos descritores "Olho Vermelho" AND "Atenção Primária".Resultados: Foram selecionados cinco trabalhos, a partir da inclusão de filtros por data de publicação entre 2010 e 2020 e por avaliabilidade dos textos.Olho vermelho é um sinal cardinal que representa inflamação ocular e na maioria dos casos, pode ser tratado na atenção primária. Sua etiologia é  separada em causas traumáticas e não traumáticas, infecciosas e não infecciosas, com ou sem diminuição da acuidade visual. Apresenta-se como vermelhidão da superfície branca do olho(esclera), decorrente da dilatação dos vasos sanguíneos que localizam-se na conjuntiva, sobre a esclera. Diversas condições estão associadas ao olho vermelho, dentre elas, destacamos as conjuntivites, blefarites, canaliculites, dacriocistites, episclerites, esclerites, uveítes, irites, ceratites, celulite orbital, lesão corneana, corpo estranho, queimadura química, hemorragia subconjuntival, síndrome do olho seco e glaucoma agudo de ângulo fechado. O médico generalista é o primeiro avaliar o paciente, dessa forma deve estar atento à condições de urgência que requerem seguimento com especialista, como exemplo: dor intensa, fotofobia, vômito, cefaléia, história de trauma, diminuição da acuidade visual, aumento de pressão intraocular e infecção. Dessa forma, é importante reconhecer as principais etiologias benígnas do olho vermelho que podem ser tratadas na atenção básica, são elas: conjuntivite, blefarites, hemorragia subconjuntival, tracoma, reações medicamentosas e presença de corpo estranho. Dentre condições benignas as conjuntivites são as mais prevalentes, podendo ser infecciosa ou não-infecciosa.  Conclusão: O olho vermelho é uma das condições oftalmológicas mais comuns no dia-a-dia clínico, no entanto, além da vermelhidão na esclera ela pode cursar com outros sintomas que alteram o prognóstico do paciente. Logo, cabe ao generalista identificar causas tratáveis na atenção básica e mais importante saber quando encaminhar ao especialista. Além do mais, deve-se orientar a população quanto a adoção de medidas preventivas, a fim de evitar a recorrência dessa manifestação.

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Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Magalhães, V. S., Cunha, C. E. X. da, Siqueira, C. H. B. de, Amorim, M. A., Oliveira, Z. M. B. P. P. de, & Rezende, M. V. M. (2020). ETIOLOGIA E MANEJO DO OLHO VERMELHO PARA O MÉDICO GENERALISTA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13755

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas