DESENHO DE VACINAS PEPTÍDICAS BASEADAS EM EPÍTOPOS IMUNODOMINANTES PARA O CONTROLE DA LINFADENITE CASEOSA
Palavras-chave:
Antígenos putativos, Bioinformática, Corynebacterium pseudotuberculosisResumo
Introdução: A Linfadenite Caseosa (LC) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis um cocobacilo gram-positivo e catalase-positivo da ordem Actinomycetales. A LC vem ocasionando inúmeros prejuízos à indústria de carne ovina e caprina, decorrente da diminuição da produção de lã, condenação e rebaixamento de carcaças e diminuição do rendimento de carne (DROPPA-ALMEIDA et al., 2016; DOMENIS et al., 2018). Ela possui duas formas clínicas, a forma superficial, quando há a presença de abscessos em linfonodos periféricos ou forma visceral, quando esses abscessos encontram-se nos órgãos internos (DE OLIVEIRA SILVA et al., 2019). Devido a presença de granulomas, a antibioticoterapia hoje existente se torna ineficaz por não conseguirem cruzar essa barreira, como também, a vacina comercial hoje disponibilizada possui baixo poder de proteção, necessitando assim de uma nova dose a cada ano o que ocasiona um alto custo. Diante disso, busca-se antígenos que possuam potencial antigênico para formulação de uma vacina eficaz e duradoura. Objetivo: Selecionar antígenos que apresentem potencial para formulação de vacinas peptídicas frente à LC. Metodologia: Para isso acessou-se o GenPept em busca de proteinas de C. pseudotuberculosis para seleção e subsequente análises de bioinformática para verificar sua localizaçao subcelular com o uso do ProtCompB, antigenicidade pelo VaxyJen 2.0, alergenicidade pelo AlgPred e presença de epitopos imunodominantes de celulas B pelo IEDB, assim como interaçao com receptor TLR2. Resultados: Um total de quatro proteínas foram selecionadas a CP1 (AKI58497.2), CP2 (AKI58439.2), CP3 (AKI59897.2) e CP4 (AKI58673.2). Após a obtenção das sequências primária as mesmas foram analisadas no ProtCompB para verificar sua localização subcelular, onde a CP1 e CP2 apresentaram peptídeo sinal como proteína secretada e as CP3 e CP4 classificada como citoplasmática sendo excluídas das próximas análises. Pelo VaxyJen ambas proteínas (CP1 e CP2) se mostraram antigênica com um score de 0.68 e 0,89, respectivamente. Nas análises do AlgPred, tanto a CP1 quanto a CP2 se mostraram não alergênica. No IEDB a CP1 apresentou cinco epítopos imunodominantes para células B e a CP2 apresentou quatro epítopos imunodominantes para células B. Na verificaçao da interaçao destes peptideos com o receptor TLR2, todos os epitoposo obtidos apresentaram interaçoes. Conclusão: A busca de potenciais antígenos através da bioinformática tem sido amplamente utilizada devido à especificidade dos softwares e o baixo custo dos mesmos ao comparar com as etapas experimentais que muitas vezes podem ser suprimidas. Diante dos resultados apresentados foi possível selecionar a CP1 e CP2. Na sequência das análises, ambas foram antigênicas e não alergênicas, e com quatro e cinco regiões, respectivamente, capazes de interagir com anticorpos outro resultados importante foi a capacidade desses epitopos interagirem com o receptor TLR2 indicando potencial ativaçao do sistema imune inato que poderá acionar a resposta adaptativa. Deste modo os peptideos encontrados podem servir como um alvo potencial para formular uma vacina peptidica multi-epitopos.Downloads
Referências
DE OLIVEIRA SILVA, Mara Thais et al. Establishment of an objective endpoint in mice model for caseous lymphadenitis vaccine trials. Veterinary microbiology, v. 230, p. 86-89, 2019.
DOMENIS, L. et al. Caseous lymphadenitis caused by Corynebacterium pseudotuberculosis in alpine chamois (Rupicapra r. rupicapra): a review of 98 cases. Journal of comparative pathology, v. 161, p. 11-19, 2018.
DROPPA-ALMEIDA, Daniela et al. Recombinant CP40 from Corynebacterium pseudotuberculosis confers protection in mice after challenge with a virulent strain. Vaccine, v. 34, n. 8, p. 1091-1096, 2016.
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