ANÁLISE DO NÚMERO DE CASOS DO C NCER DE COLO UTERINO NOS MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS EM ALAGOAS ENTRE 2016 E 2019

Autores

  • Julio Gonçalves Yulita Unit - Alagoas
  • Juliana Matos Ferreira Bernardo Unit - Alagoas
  • Sabrina Gomes Oliveira

Palavras-chave:

Alagoas, Câncer de Colo de Útero, Incidência

Resumo

Introdução: O câncer de colo uterino é a quarta neoplasia maligna mais incidente na população feminina brasileira e a quarta com maior mortalidade, excluindo-se câncer de pele não melanoma. Por tratar-se de uma doença de evolução lenta e exame de rastreamento estabelecido por meio da citologia cervical (Papanicolau), sua maior prevalência refere-se à regiões com indicadores socioeconômicos inferiores. Objetivo: Analisar a distribuição dos casos do câncer de colo de útero entre os municípios mais populosos de Alagoas no anos de 2016 à 2019. Metodologia: Foi realizada análise transversal baseada em dados secundários disponíveis na plataforma TABNET do DATASUS referente à incidência do câncer de colo de útero nos municípios mais populosos de Alagoas no período de 2016 a 2019, por meio da opção “Painel Oncológico” referente à seção de Epidemiologia e Morbidade. Resultados: De acordo com a análise de seis das cidades mais populosas, foram registrados no sistema DATASUS 587 casos de Neoplasia maligna do colo do útero (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, CID-53) no total, sendo que a maior incidência referente à capital alagoana, com 409 casos, enquanto que Arapiraca apresentou 97 casos. Outros municípios avaliados foram Rio Largo e Penedo, que evidenciaram 25 e 22 casos, respectivamente. Nesse espectro as duas cidades com menor número de casos foram Palmeira dos Índios, com 18 casos e União dos Palmares com 16. Os resultados são apresentados destacando-se a categoria de maior população versus maior incidência constatada. Pontos relevantes a serem ressaltados foram que, ao decorrer dos 4 anos da análise, Arapiraca reduziu o número de casos de 27 em 2016 para 20 em 2019, assim como Rio Largo que em 2016 apresentou oito casos e em 2019 reduziu para três. Por outro lado, Maceió passou de 88 casos em 2016 para 129 em 2019, Palmeira com cinco registros em 2016 subiu para sete casos em 2019 e Penedo registrou quatro casos em 2016 em comparação a oito casos em 2019. Outro aspecto importante é que, durante os 4 anos, houve um registro de 226.100 exames citológicos do colo de útero realizados nas seis cidades mais populosas do estado. Todas elas tiveram aumentos consecutivos na quantidade de exames realizados ao decorrer dos 4 anos, com exceção de União dos Palmares que teve uma redução de 524 exames entre 2018 e 2019. Conclusão: Apesar do aumento na quantidade de exames realizados, que visam detectar anomalias no útero, o crescimento de casos, principalmente na capital, aumentou em alguns municípios no período de 4 anos. De tal forma, sugere-se um maior incentivo às políticas de realização periódica do exame citológico preventivo para o câncer de colo de útero e um rastreamento precoce desde a atenção básica, a fim de combater um dos tipos de câncer mais prevalentes em mulheres.

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Biografia do Autor

Julio Gonçalves Yulita, Unit - Alagoas

Aluno de graduação do 2º período de Medicina

Referências

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Yulita, J. G., Ferreira Bernardo, J. M., & Oliveira, S. G. (2020). ANÁLISE DO NÚMERO DE CASOS DO C NCER DE COLO UTERINO NOS MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS EM ALAGOAS ENTRE 2016 E 2019. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13732

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas