SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO EM RECÉM-NASCIDO: UMA REVISÃO DOS SINTOMAS CARACTERÍSTICOS

Autores

  • Yasmin Andrade Fontes Centro Universitário Tiradentes
  • Jéssica Nascimento Borba
  • Lorena Brandão Costa Melo
  • Gabriel Lessa de Souza Maia
  • Sabrina Gomes de Oliveira

Palavras-chave:

Recém-nascido, síndrome do desconforto respiratório, sintomas.

Resumo

Introdução: A síndrome da dificuldade respiratória neonatal acomete principalmente prematuros, resultante de um processo inflamatório na região capilar-alveolar devido à imaturidade pulmonar decorrente da deficiência e inatividade do surfactante, do desenvolvimento pulmonar incompleto e da complacência exagerada da caixa torácica. Tal síndrome é composta por alterações do padrão respiratório, sinais de esforço respiratório/dispneia e alterações de cor, como cianose. Objetivos: Descrever os aspectos histopatológicos e clínicos da Síndrome do Desconforto Respiratório. Metodologia: Foi feita uma análise sistemática atemporal na base de dados PubMed, utilizando-se dos descritores “Newborn”, “Respiratory Distress Syndrome” e “Symptoms” por meio do operador booleano “AND”. Os filtros de inclusão foram: revisões e revisões sistemáticas, artigos completos disponíveis e artigos publicados nas línguas inglesa e portuguesa. Foram encontrados inicialmente 126 artigos, após a leitura dos títulos e resumos e a análise daqueles em discordância com o objetivo do presente estudo, 3 artigos foram selecionados. Resultados e Discussão: Em um estudo com 459 casos estudados, onze tiveram exames anatomopatológicos classificados de acordo com o estágio evolutivo em: fase exsudativa inicial, fase proliferativa celular e fase proliferativa fibrótica. Além disso, confirmou-se a correlação clínica radiológica e anatomopatológica nos casos por exame histológico. Foi observado que a administração de corticosteroides antenatais e de surfactante pós-natal diminuem a morbidade respiratória associada à SDR. É fato que o paciente neonatal tem características fisiológicas únicas, como via aérea de pequeno calibre, poucas vias aéreas colaterais, parede torácica complacente, baixa estabilidade dessas vias e baixa capacidade residual funcional. Essa patologia no recém-nascido possui como sinal característico a dificuldade respiratória, caracterizando um quadro de taquipnéia, alargamento nasal, retrações torácicas ou grunhidos, sintomas mais presentes nessa enfermidade. Quanto à taquipneia, ela é definida como uma frequência respiratória superior a 60 incursões por minuto, além de ser um mecanismo de compensação para hipercarbia, hipoxemia ou acidose (metabólica e respiratória). Já o alargamento nasal diz respeito a um sintoma compensatório cuja finalidade é o aumento do diâmetro das vias aéreas superiores e a diminuição da resistência e do trabalho respiratório. A respeito das retrações, evidentes pelo uso de músculos acessórios, elas estão presentes em casos caracterizados pela complacência pulmonar reduzida ou pelo acréscimo da resistência das vias aéreas. E, por fim, o grunhido é um som expiratório resultante do fechamento repentino da glote, no momento da expiração, cujo objetivo é manter a capacidade residual funcional, a fim de evitar o colapso dos alvéolos e prevenir a atelectasia alveolar. O suporte é a principal conduta terapêutica para reduzir os casos de SDR no RN, sendo responsável pela assistência ventilatória, uso de agentes inotrópicos, drogas vasoativas e diuréticos. Conclusão: Em suma, o reconhecimento da Síndrome do Desconforto Respiratório no recém-nascido, a compreensão das anormalidades fisiológicas relacionadas às possíveis causas e o controle quanto ao desenvolvimento dos prováveis sintomas característicos dessa patologia orientarão a conduta médica ideal, assim como diminuirão as complicações, sejam elas de curto e longo prazo, e a mortalidade de bebês em risco.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDERSON, 2003. Update on pediatric acute respiratory distress syndrome. Respir Care. 2003; v.48, n.3, p.261-278. Disponível em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov12667276/>. Acesso 07 set. 2020.

AZEVEDO, et al., 1999. Estudo de crianças com síndrome do desconforto respiratório agudo: correlação anatomoclínica radiológica. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, vol. 32, pag. 557-570. Disponível em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10881091/>. Acesso 07 set. 2020.

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia para os Profissionais de Saúde. Atenção à Saúde do Recém-nascido. Segunda edição. Volume 3. Brasília/DF, 2012.

REUTER, MOSER, BAACK, 2014. Respiratory distress in the newborn. Pediatr Rev. v.35, n.10, p.417-429. Disponível em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25274969/>. Acesso 07 set. 2020.

Downloads

Publicado

2020-11-25

Como Citar

Fontes, Y. A., Borba, J. N., Costa Melo, L. B., Maia, G. L. de S., & de Oliveira, S. G. (2020). SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO EM RECÉM-NASCIDO: UMA REVISÃO DOS SINTOMAS CARACTERÍSTICOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13726

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas