ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS EM ALAGOAS NO PERÍODO ENTRE 2010 E 2018.

Autores

  • Laís Rytholz Castro Centro Universitário Tiradentes
  • Flávia Emanuelly Alves França Centro Universitário Tiradentes-AL
  • Mônica Melo Centro Universitário Tiradentes-AL

Palavras-chave:

Alagoas, Doenças Negligenciadas, Produções Científicas

Resumo

Introdução: A definição de conhecimento assume diversas formas e mesmo que não encontremos um consenso sobre a definição exata, pelo menos há um foco comum de que o conhecimento é a manifestação do desejo humano de buscar soluções para os problemas e dominar o ambiente em seu entorno. Assim, a produção científica consiste na divulgação dos resultados de pesquisas acadêmicas e vários são os indicadores para apresentar a métrica quantitativa dessa produção. Tais indicadores são capazes de mensurar e qualificar o desenvolvimento da ciência em uma região ou país. Uma das premissas que orientou o desenvolvimento deste trabalho foi identificar como o avanço científico, as novas tecnologias e as inovações que têm contribuído para o desenvolvimento da saúde em relação as doenças negligenciadas. Desse modo, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), as doenças tropicais negligenciadas formam um conjunto de doenças transmissíveis com maior prevalência em condições tropicais e subtropicais que se relacionam diretamente a situação de pobreza dos países. Diante desse cenário, a cidade de Maceió, no Brasil, sofre com o aumento significante dos casos a cada ano. Objetivo: Identificar e quantificar as produções científicas no âmbito das doenças negligenciadas, dengue, doença de Chagas, leishmaniose, hanseníase, malária, esquistossomose e tuberculose, realizadas no período entre 2010 a 2018, identificando-se, assim, as instituições envolvidas e seus respectivos pesquisadores e obtendo-se o número de trabalhos que abordam tal temática. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se como sendo de natureza quantitativa e qualitativa (método misto) do tipo exploratório sequencial. Foram utilizados para coleta de dados a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (BDTD/FAPEAL), além do Departamento de Informática do SUS (Datasus) para análise do financiamento em pesquisa e quantificar casos das principais doenças negligenciadas. A revisão bibliográfica, contemplou os campos de atuação da pesquisa: produção científica e doenças negligenciadas. A amostra foi delineada com base no recorte temporal, entre os anos de 2010 e 2018. Resultados e Conclusão: No levantamento quantitativo feito na BDTD/FAPEAL, utilizando os descritores de doenças negligenciada e compreendendo o ano entre 2010 a 2018, foram encontrados oito trabalhos, sendo: seis relacionados a Leishmaniose; um sobre Doença de Chagas e um sobre Dengue. A base do PPSUS mostrou que em Alagoas foram encontradas onze pesquisas relacionadas as Doenças Negligenciadas, no mesmo período. Outro dado que merece destaque é que a maioria das pesquisas estão concentradas na Universidade Federal de Alagoas- UFAL. Os resultados apresentados refletem a prerrogativa de que há uma ampliação na produção, entre os anos, entretanto, a frequência de novos casos para as Doenças Negligenciadas é amplamente superior. O que nos induz a relacionar que a produção nacional acompanhe a mesma projeção. E efetivamente, diminua a probabilidade de novos fármacos e novas terapias para o tratamento. Além disso, observamos que há uma maior concentração na produção de dissertações direcionadas para a Leishmaniose, o que relacionamos ao fato de Maceió ainda ser considerada uma região endêmica para a doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRADE, Bruno Leonardo Alves de. A produção do conhecimento em doenças negligenciadas no Brasil: uma análise bioética dos dispositivos normativos e da atuação dos pesquisadores brasileiros. 2015. 169 f. Tese (Doutorado em Bioética) —Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

CRESWELL, J. W. Métodos mistos. In: ______. Projeto de pesquisa métodos qualitativo, quantitativo e misto. Artmed, p. 238-266, 2010.

DROESCHER, Fernanda Dias; SILVA, Edna Lucia. O pesquisador e a produção científica. Perspectivas em Ciência da Informação, v.19, n.1, p.10-189, jan./mar. 2014.

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. A saúde no Brasil em 2030 - prospecção estratégica do sistema de saúde brasileiro: população e perfil sanitário [online]. Rio de Janeiro: Fiocruz/Ipea/Ministério da Saúde/Secretaria de Assuntos estratégicos da Presidência da República, 2013. Vol. 2. 176 p. ISBN 978-85-8110-016-6.

GURGEL, Idê Gomes Dantas. A pesquisa científica na condução de políticas de controle de doenças transmitidas por vetores [tese]. Recife: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz; 2007.

INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Epidemiologia das Doenças Negligenciadas no Brasil e Gastos Federais com Medicamentos. Brasília: Ipea, 2011.

OPAS/OMS. Doenças negligenciadas. Brasília, DF. 2018. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_joomlab>

SOUZA, Jessé: A ralé brasileira; quem são e como vivem. Ed. UFMG, 2009.

SOUZA, Wanderley. Doenças Negligenciadas. Rio de Janeiro. Academia Brasileira de Ciência,2010.

SCALON, Celi (Org.). Imagens da Desigualdade. Belo Horizonte: Humanitas, 2009.

Downloads

Publicado

2020-11-25

Como Citar

Castro, L. R., França, F. E. A., & Melo, M. (2020). ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS EM ALAGOAS NO PERÍODO ENTRE 2010 E 2018. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13691

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROVIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas