Desfechos Clínicos em Pacientes Diabéticos com COVID-19
Palavras-chave:
assistência hospitalar, diabetes mellitus, infecções.Resumo
A Diabetes Mellitus (DM) foi considerada como um agente agravante às altas das taxas de mortalidade e progressão para a síndrome do desconforto respiratório agudo em pacientes hospitalizados com infecção por coronavirus disease (COVID-19). Alguns mecanismos fisiopatológicos têm sido propostos para tentar explicar essa evolução, entretanto ainda sem um consenso sobre os fatores que levam a piores desfechos em pacientes com DM. Objetivo: Avaliar os desfechos clínicos em pacientes diabéticos com COVID-19. Metodologia: Revisão integrativa da literatura. Utilizaram-se as bases de dados: American Diabetes Association, Pubmed, Scielo, cruzando as palavras: “diabetes” OR “diabetes mellitus” AND Covid-19” OR “Coronavírus”. Foram incluídos apenas artigos publicados em 2020. Arquivos de outras naturezas foram excluídos. Resultados: Foram incluídos 5 artigos, que apontaram que pacientes diabéticos são mais vulneráveis e precisam de uma atenção particular. Evidenciou-se também que o uso de corticosteroides eleva os níveis de glicose em 80% dos pacientes com DM, o que pode aumentar o risco de mortalidade no COVID-19 e descompensação diabética. Se seu uso for necessário, deve ser feito um esforço para manter a euglicemia e manter a função pulmonar e imunológica ideal. Os achados também apontaram que medicamentos inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA) e bloqueadores dos receptores de angiotensina || (BRA), uma classe comum de fármacos utilizados por pacientes com diabetes, aumentam a quantidade de receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) em membranas celulares hospedeiras, facilitando a entrada do vírus SARS-CoV-2 em células dos pulmões e em outros tecidos. Nos casos em que o DM coexiste com doenças cardíacas ou renais, cuidados especiais devem ser tomados para garantir a estabilidade desses sistemas. Laboratorialmente, na DM há um aumento na quantidade de neutrófilos, proteína C-reativa, interleucina 6, tornando os pacientes diabéticos mais propensos a entrarem na fase grave da infecção. Até o momento, nenhum guia de manejo da diabetes pré-pandêmico teve modificações decisivas devido ao COVID-19. Conclusão: Notou-se que a DM é um fator de risco associado a piores desfechos em pacientes com COVID-19. Apesar de indivíduos com diabetes não parecem apresentar maior risco de contrair o COVID-19, se infectados, por serem fisiologicamente mais frágeis, estão mais propensos a evoluir com piores desfechos.
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