EXPERIÊNCIAS CURRICULARES DA MEDICINA RELACIONADAS A ARTE E HUMANIZAÇÃO.

Resumo

Introdução: A humanização da medicina por meio da arte apresenta uma alta relevância, tanto no aspecto da formação do profissional, quanto no âmbito da relação médico-paciente. Torna-se um instrumento que no seu íntimo apresenta uma profundidade e singeleza do ressignificar da medicina. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina  apontam a importância de uma formação profissional que contemple as diversas dimensões da saúde. Em diversas Instituições  integra-se novas experiências e metodologias ativas na matriz curricular e que tem contribuído para os processo de ensino-aprendizagem mais humanístico. Emerge, neste contexto relacionado a formação médica, a necessidade de conhecer em quais processos formativos têm utilizados a arte e seus recursos com o fito de possibilitar no currículo médico a sensibilidade e a humanização dentro da graduação. Objetivos: Identificar como as concepções relacionadas à abordagem da arte e os recursos artísticos utilizados apresentam evidências em relação a experiências metodológicas na matriz curricular dos cursos de medicina com influência na temática da humanização do ensino. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, mediante aporte da literatura das seguintes bases de dados eletrônicas: Biblioteca Virtual em Saúde(BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Os descritores utilizados para direcionar a pesquisa foram: art AND medicine AND humanization. Selecionando-se os artigos publicados entre 2015 e 2020, com um total de 20 encontrados. Destes, apenas 8 foram evidenciados para a análise do estudo por se enquadrarem no objetivo proposto.  Resultados:  A arte, por meio de sua sensibilidade e abrangência, pode proporcionar aos profissionais de saúde uma visão mais ampla, integrativa e humanística do indivíduo. Desenvolver atitudes profissionais por meio da arte perpassa o fato de oferecer conceitos teóricos e técnicos e implica na promoção de habilidades que possibilitam ao estudante a redescoberta de si mesmo, permitindo ressignificar sua relação com a vida e o desejo de um compromisso profissional mais humanístico. A ideia central, é que as faculdades de Medicina desenvolvam nos alunos a formação de um retrato integral do paciente e não apenas avaliar sua queixa pontual. Dessa forma, com a ajuda da arte, o médico passa a ver o doente com um olhar mais apurado, a lidar com as incertezas e a enxergar detalhes que poderão auxiliar no diagnóstico. Conclusão: A medicina exige sim o conhecimento científico, mas este por si só não é suficiente para aliviar o sofrimento humano. É preciso, também, desenvolver e praticar habilidades e atitudes para ganhar a confiança do paciente e aumentar sua adesão ao tratamento. Diante disso, percebe-se que as insuficiências não são prioritariamente de ordem técnica, mas humana. E isto porque de alguma forma, torna-se necessário visualizar a ciência médica com perspectivas humanas e empáticas, sendo a utilização da arte como componente das Diretrizes Curriculares Nacionais um excelente método para desenvolver a humanização da medicina.