FISIOPATOLOGIA DA TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO

Autores

  • Manoella Evelyn Santos Lopes UNIT
  • Bibiana Toshie Onuki de Mendonça UNIT
  • Péricles Jorge Raposo Guimarães UNIT
  • Rebeca Bomfim de Araújo de Almeida UNIT
  • David Leopoldo Carvalho de Oliveira UNIT
  • Sabrina Gomes de Oliveira UNIT

Palavras-chave:

fisiopatologia, taquipneia transitória, neonatal.

Resumo

Introdução: O significado de taquipneia é respiração rápida, sendo a temporária, por ser durante o decurso de um tempo determinado. A taquipneia transitória do recém-nascido (TTRN), também conhecida como síndrome do pulmão úmido, é a dificuldade do mesmo para respirar pelos baixos níveis de oxigênio no sangue pela grande quantidade de líquido nos pulmões por um determinado tempo. Deve-se observar que essa condição aparece mais em pré-maturos e a termo, mas esses últimos apenas com determinados fatores de risco. Objetivo: Analisar a fisiopatologia da taquipneia transitória do recém-nascido. Material e Métodos ou Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura nas bases de dados PUBMED e BVS, onde foi encontrado o total de oito publicações e selecionadas ao final três publicações. Utilizaram-se os descritores “pathophysiology” e “transient tachypnea of the newborn”, com o operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos e disponíveis; publicados em português ou inglês, entre os anos de 2019 a 2020. Já o critério de exclusão foi a falta de pertinência temática. Resultados: O desconforto respiratório em recém-nascidos é um motivo muito comum de internação em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, podendo ser transitório ou patológico; a morbidade é alta se não for solicitado um diagnóstico e tratamento precoces. Logo, a TTRN é um distúrbio respiratório que se considera ser devido à eliminação imprópria ou lenta do fluido pulmonar fetal após o nascimento. O defeito em limpar esse fluido dá em uma síndrome clínica de dificuldade respiratória com um vasto diagnóstico distinto. O volume de líquido pulmonar presente nas vias aéreas ao nascimento pode intensificar os sintomas, visto que parte do líquido no tecido pulmonar intersticial pode reentrar nos alvéolos no final da expiração. Assim sendo, os mecanismos de orientação para evitar a reentrada de fluido no pulmão, como o CPAP, certamente melhoram a função respiratória e evitam a piora da TTRN. É necessária a troca gasosa dos pulmões do bebê para a sua sobrevivência após ele se desligar da mãe. Então, para que haja uma ventilação e oxigenação adequadas, várias etapas devem ocorrer: (1) estabelecimento de respiração contínua, (2) distensão alveolar, (3) depuração de flúido pulmonar, (4) secreção de surfactante, (5) queda na resistência vascular pulmonar e um aumento no fluxo sanguíneo pulmonar e (6) cessação de desvio da direita para a esquerda nos níveis atrial e ductal seguindo o fechamento do canal arterial. Deste modo, para o diagnóstico de TTRN utiliza-se o método de exclusão, baseado em um conjunto de sintomas clínicos e radiográficos descobertos. Entretanto, a avaliação e gestão dos casos continua de difícil observação, como também para se saber os diagnósticos e quando deve ocorrer a transferência para UTIN. Conclusão: Resumidamente, a taquipneia transitória do recém-nascido (TTRN), também conhecida como síndrome do “pulmão úmido”, é uma condição comum, autolimitada e acomete principalmente RN pré-termos tardios e a termo que apresentam dificuldade respiratória logo após o nascimento, com resolução clínica em 3 a 5 dias. Desse modo, é caracterizada pela presença de edema pulmonar decorrente da diminuição do clearance de líquido pulmonar. Diante deste cenário, é recomendado que seja realizada a ressuscitação neonatal de maneira efetiva e adequada, com intuito de reconhecer fatores de risco o mais precocemente possível.

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Referências

ALHASSEN, Z.; et al. “Recent Advances in Pathophysiology and Management of Transient Tachypnea of Newborn”. J Perinatol., 2020. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/s41372-020-0757-3>. Acesso em: 07 de set 2020.

HOOPER, SB.; et al. “Issues in cardiopulmonary transition at birth”. Semin Fetal Neonatal Med.; v. 24(6), 2019. Disponível em: <https://www.sfnmjournal.com/article/S1744-165X(19)30069-1/fulltext>. Acesso em: 07 de set 2020.

LAMICHHANE, A.; et al. “Clinical Profile of Neonates with Respiratory Distress in a Tertiary Care Hospital”. JNMA J Nepal Med Assoc.; v. 57(220), p. 412-415, 2019. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32335651/>. Acesso em: 07 de set 2020.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Lopes, M. E. S., Onuki de Mendonça, B. T., Guimarães, P. J. R., Almeida, R. B. de A. de, Oliveira, D. L. C. de, & Oliveira, S. G. de. (2020). FISIOPATOLOGIA DA TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13637

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas