FISIOPATOLOGIA DA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO NEONATAL
Palavras-chave:
fisiopatologia, síndrome do desconforto respiratório, neonatal.Resumo
Introdução: A síndrome do desconforto respiratório (SDR) do recém-nascido ocorre quando há um desbalanceamento no fornecimento do surfactante pulmonar, causando a atelectasia alveolar difusa, lesão celular e edema, seguido da inibição, causada por proteínas, da função do surfactante, que extravasam para dentro dos alvéolos causando o aumento do líquido local. Em bebês prematuros, a síndrome do desconforto respiratório é o distúrbio respiratório mais comum. A condição do neonato caracteriza-se na veloz formação das espécies reativas de O2, levando o corpo a não conseguir se desintoxicar por ter sua capacidade antioxidante ultrapassada. Objetivo: Analisar a fisiopatologia da síndrome do desconforto respiratório infantil.; Material e Métodos ou Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura na base de dados PUBMED, onde foi encontrado o total de doze publicações e selecionadas ao final três publicações. Utilizaram-se os descritores “pathophysiology”, “respiratory distress syndrome” e “neonatal”, com o operador booleano “AND”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos e disponíveis; publicados em português ou inglês, entre os anos de 2019 a 2020. Já o critério de exclusão foi a falta de pertinência temática. Resultados: Inicialmente, verifica-se que a alta reatividade do radical livre leva às falhas em uma diversidade de moléculas e pode provocar a morte celular respiratória. Há indícios de que o estresse oxidativo envolvido na fisiopatologia desta doença, está associado especialmente à suplementação de oxigênio, ventilação mecânica, inflamação/infecção e diabetes. A deficiência de surfactante é a etiologia mais constante da SDR em neonatos prematuros, apesar de que tenha sido narrado que a cesariana e a infecção pulmonar desempenham papéis significativos no desenvolvimento de SDR em prematuros tardios. Há indicações de que o estresse oxidativo está compreendido na fisiopatologia dessa doença pulmonar. Podendo ser de natureza fisiológica (estresse oxidativo) e necessária para ativar vias metabólicas específicas ou patológicas (sofrimento oxidativo), que gera complicações às estruturas e muda o funcionamento dos sistemas biológicos. Os recém-nascidos, em particular os prematuros, são altamente sujeitos a danos oxidativos por vários motivos. Conclusão: Dessa forma, existe um alto risco de SDR no recém-nascidos prematuro (<33 semanas de gestação) devido aos níveis insuficientes de surfactante nos pulmões, aliado a imaturidade pulmonar, que está relacionada com a necessidade do crescimento alveolar e vascular do pulmão, normalmente precisam de suporte respiratório, como a ventilação mecânica, para controlar o desconforto e a angústia respiratória.Downloads
Referências
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