GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO: REUTILIZAÇÃO, RECICLAGEM E PERSPECTIVAS DE MERCADO
Palavras-chave:
Descarte, RCD, reprocessamentoResumo
Introdução: A construção civil é um dos setores mais importantes da economia de uma nação. A atividade serve como termômetro para o desenvolvimento e é uma grande responsável pela geração de empregos, tanto direta quanto indiretamente. Porém, na mesma medida em que contribui para o crescimento, também gera problemas algumas vezes difíceis de se solucionar. Um dos problemas é o destino dado aos resíduos gerados tanto da construção quanto da demolição. Os Resíduos da Construção Civil e Demolição (RCD) são definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA como os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil. Quando feito de maneira incorreta, esse descarte gera desperdício de matérias-primas de grande valor para o setor de construção, o que leva a perdas econômicas. Além disso, o destino dado a esses resíduos pode vir a provocar danos ambientais e à saúde do homem e de outras formas de vida. Objetivos: Obter material que possa explicitar os impactos causados pelo descarte aleatório de resíduos da construção civil e demolição (RCD) para o meio ambiente e para o homem, formas seguras de lidar com a gestão desses resíduos e as perspectivas de mercado para a área. Metodologia: O trabalho será uma Revisão Bibliográfica. Os artigos científicos que servirão de base para o trabalho, serão obtidos através da internet, em plataformas de relevância acadêmica. Resultados: Cerca de dez bilhões de RCD são gerados no planeta anualmente, e sua reciclagem já é bastante evoluída em algumas partes. A União Europeia estabeleceu uma meta de 70% de reciclagem do total de RCD gerados no continente para o ano de 2020. Ainda que haja uma postura mais consciente e progressista quanto ao tema nos últimos anos, ainda existe um caminho longo a ser percorrido no setor. Existe um preconceito por parte da população no que diz respeito aos RCD. Para a maior parte não passa de lixo e, portanto, deve ter apenas um destino: o descarte imediato. Mas os RCD possuem um grande potencial de mercado. Estes possuem uma alta composição de concreto, agregados, alvenaria e argamassas. No entanto, os agregados compõem sua maior parcela, correspondendo por 50% do volume total. Sendo assim, podem ser utilizados como agregado para a fabricação de concreto, reduzindo a necessidade de se utilizar recursos naturais. Também é possível fabricar tijolos de solo-cimento utilizando RCD. Esse tipo de tijolo traz economia de 30% a 40% no custo final de uma obra. Conclusões: O potencial do uso dos RCD é evidente, porém a falta de diretrizes que indiquem uma maneira eficiente de lidar com a questão e de incentivo por parte do poder público, faz com que o tema seja muitas vezes tratado com descaso. Num contexto onde a preservação e economia de recursos naturais se faz cada vez mais necessária, é preciso colocar em foco o impacto que os rejeitos oriundos da atividade de construção causam à sociedade e ao meio ambiente e buscar soluções para o problema.
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