CARACTERIZAÇÃO DAS CASCAS DE BANANA-COMPRIDA PARA BIOSSORÇÃO DE CONTAMINANTES PRESENTES NA ÁGUA

Autores

  • João Emanuel Cabral da Mata
  • Givanildo Santos da Silva
  • Marcus Vinícius Nunes Lima Rocha
  • Pablo Santos Amaral

Palavras-chave:

Bioadsorvente, Contaminantes, Petróleo

Resumo

Introdução. Ao extrair o petróleo da superfície terrestre, há a produção também de contaminantes indesejados como água, metais traços e compostos químicos. Dessa forma, torna-se necessário realizar o tratamento da água antes de seu descarte ou reutilização. Um desses tratamentos é utilizando biomassa como adsorvente dos contaminantes. Objetivos. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a casca de banana comprida, o petróleo que contaminou a costa de Japaratinga em AL e a água contaminada pelo mesmo. Metodologia. Para realizar a caracterização da biomassa, foi realizado um pré-tratamento, onde, as bananas compridas foram descascadas, suas cascas foram lavadas com água corrente e água destilada para retirar possíveis contaminantes e colocadas para secar durante 24 horas. Após a secagem, as cascas foram trituradas. Posteriormente, a biomassa foi separada de acordo com a granulometria utilizando peneiras vibratórias nos seguintes tamanhos: 75 µm; 150 µm; 300 µm; 425 µm; 600 µm; 1,18 mm; 2,36 mm; 4,75 mm; e 6,3 mm. Logo após, a biomassa teve sua massa medida para seguir para a estufa a 100 °C durante uma hora. Por fim, sua massa foi medida novamente para determinar seu teor de umidade. Depois da caracterização da biomassa, o pH e °API do petróleo foram medidos. Quanto a água contaminada, foi aferido o pH e observado seus aspectos. Resultados. Quanto aos grãos da biomassa, foi adquirido tamanhos de 75 µm; 150 µm; 300 µm; 425 µm; 600 µm; 1,18 mm; 2,36 mm; 4,75 mm; e 6,3 mm com massa entre 0,97 g a 35,75 g e teores de umidade entre 0,20 a 0,55, onde, os grãos de 75 µm e 6,3 mm se destacaram por terem os menores teores de umidade. Em relação ao petróleo, foi observado que o mesmo possui baixo °API, ou seja, é um petróleo de alta densidade, viscoso e de baixa qualidade, é mais utilizado para fabricação de lubrificantes e resíduos asfálticos. Além disso, o petróleo obteve pH igual a 9. Quanto a água que estava em contato com o petróleo, observou-se que a mesma tinha um aspecto diferente da água do mar, indicando que a mesma possuía óleo disperso. O pH da água foi igual a 8, ou seja, o petróleo pode ter alterado os aspectos da água. Conclusões. A casca de banana comprida tem alto potencial para ser utilizada como bioadsovente de contaminantes, principalmente os grãos que obtiveram menores teores de umidade (75 µm e 6,3 mm), pois há uma maior área para o óleo ser adsorvido à biomassa. O petróleo que contaminou a costa de Japaratinga teve pH igual a 9 e baixo °API. A água contaminada pelo óleo teve seu pH e aspectos alterados.

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Referências

FERREIRA, Bárbara Helinska. Estudo dos processos de tratamento de água produzida de petróleo. 2016. Monografia (Bacharelado em Engenharia de Petróleo) – Centro de Tecnologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. Disponível em: <https://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/12/Estudo-dosprocessos-de-tratamento-de-%C3%A1gua-produzida-de-petr%C3%B3leo.pdf>. Acesso em: 7 ago. 2020.

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SANTOS, Elba Gomes dos; ALSINA, Odelsia Leonor Sanchez de; SILVA, Flávio Luiz Honorato da. Desempenho de biomassas na adsorção de hidrocarbonetos leves em efluentes aquosos. Revista Química Nova, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 327-331, 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000200017&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 5 ago. 2020.

Publicado

2020-11-25

Como Citar

Cabral da Mata, J. E., Santos da Silva, G., Lima Rocha, M. V. N., & Santos Amaral, P. (2020). CARACTERIZAÇÃO DAS CASCAS DE BANANA-COMPRIDA PARA BIOSSORÇÃO DE CONTAMINANTES PRESENTES NA ÁGUA. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13600

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROBIC/PROBITI/UNIT - Ciências Exatas e da Terra e Engenharias