MOTIVOS DE NÃO VACINAÇÃO EM UMA CAPITAL DO NORDESTE NO PERÍODO DE 2015 A 2018.

Autores

Palavras-chave:

imunobiológicos, epidemiologia, saúde coletiva.

Resumo

Introdução: O Programa Nacional de Imunização (PNI) é uma importante ferramenta de promoção da saúde e prevenção de doenças em todo território nacional, sendo peça essencial para a erradicação e controle das diversas doenças infectocontagiosas, garantindo não apenas a diminuição dos óbitos, como também a redução dos custos nos tratamentos das sequelas provocadas por doenças imunopreviníveis (APS et al., 2018). Porém, os dados fornecidos pelo Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) evidenciaram queda na cobertura vacinal em diversas regiões do país e ascensão do surgimento de doenças tidas antes como eliminadas ou controladas (SATO et al., 2018). Dessa forma, a preocupação em se entender os motivos que levaram as pessoas a deixarem de se vacinar se tornou recorrente para gestores e profissionais de saúde (BRASIL, 2018). Objetivos: Identificar os motivos para a não vacinação no município de Maceió- AL em crianças e adolescentes de 6 meses a 15 anos nos anos de 2015 a 2018 e determinar a proporção da não vacinação nas diferentes fases da infância propondo estratégias de intervenção na atualização da cobertura vacinal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória de natureza descritiva com abordagem quantitativa. A coleta dos dados obtidos partiu dos motivos de não vacinação nas 19 Unidades de Saúde que fazem parte da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Maceió. As informações foram captadas através do SI-PNI, disponíveis na base de dados Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a partir dos motivos: sem comprovante, falta de tempo, dificuldade para ir ao posto de vacinação, recusa da vacina, posto de vacinação fechado, falta da vacina, contraindicação médica, evento adverso em episódio anterior, várias injeções ao mesmo tempo, não estava agendado e outros motivos. Resultados: Dentre todos os motivos de não vacinação abordados na pesquisa, os três mais recorrentes foram "Falta de tempo" com total de 632 justificativas, "Outros motivos" com total de 520 e "falta de vacina", sendo o terceiro mais recorrente na unidade 18, sendo alertado como um problema de saúde pública, pois teve um maior número de justificativas em relação as outras unidades, totalizando 337 do total de 1.859 justificativas. Conclusões: A pesquisa sugeriu limitação dos responsáveis no acesso ao serviço de saúde no horário de funcionamento da sala de vacinas, evidenciando: a necessidade de adoção de novas estratégias da rotina do serviço, o despreparo dos profissionais responsáveis pela coleta e emissão das informações lançadas para o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC), como também a escassez de matérias para a produção da vacina.

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Referências

APS, L. R. M. M. et al. Eventos adversos de vacinas e as consequências da não vacinação: uma análise crítica. Rev. Saúde Pública, 52: 40, 2018.

BRASIL. As razões da queda da imunização. Biblioteca Virtual em Saúde, 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2784-as-razoes-da-queda-na-vacinacao. Acesso em:08/09/2020.

SATO, A. P. S. Qual a importância da hesitação vacinal na queda das coberturas vacinais no Brasil? Rev. Saúde Pública, 52:96, 2018.

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Publicado

2020-11-25

Como Citar

Marques Pereira Lima, I. P., Dorneles Silva, P. H., & Rebelo Aquino Rodrigues, A. P. (2020). MOTIVOS DE NÃO VACINAÇÃO EM UMA CAPITAL DO NORDESTE NO PERÍODO DE 2015 A 2018. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (8). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13599

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROVIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas