PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE, ENTRE CASOS NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TEOTÔNIO VILELA, ESTADO DE ALAGOAS, BRASIL.

Resumo

Introdução: O Aedes aegypti, vetor da Dengue, possui hábito antropofílico e características sazonais, cuja reprodução ocorre frequentemente durante o verão devido a periodicidade das chuvas e aumento da temperatura, esta arbovirose tem se mostrado mundialmente como um grande problema de saúde pública, particularmente em regiões tropicais (CAMPOS e CORRÊA,2019; SILVA, et al. 2019; TEICH, et al. 2017). Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Dengue, notificados no município de Teotônio Vilela, Alagoas, entre os anos de 2008 a 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo descritivo. Para a execução foram coletados dados da Plataforma DataSus, visando descrever a incidência dos casos notificados de Dengue, no período entre 2008 a 2018 do município de Teotônio Vilela, Alagoas. Resultados: No período de 2008 a 2018 foram registrados 688 casos de dengue, nos anos de 2008, 2015 e 2016 ocorreram maior incidência de casos, alcançando 121 em 2008, 86 em 2016 e 374 em 2015, ademais constatou-se que no ano de 2018 não houveram notificações, caracterizando assim uma subnotificação dos casos. Em relação aos grupos etários, registrou-se que indivíduos de 0-19 anos representavam 37,19% dos casos em 2008, 46,80% dos registros em 2015 e 41,86% das notificações em 2016, e as pessoa de 20-39 anos, representavam 41,32% dos registros em 2008, 28,87% dos casos em 2015 e 34,88% notificados em 2016, além disso, os meses com maiores registro nos anos estudados, foram os primeiros meses do ano, equivalentes a: janeiro, fevereiro, abril e maio, totalizando 31, 20, 160 e 108 casos respectivamente. Discussão: Estudos realizados nos estados do Ceará e Paraná, constataram que dentre os anos epidêmicos relacionados à dengue, as faixas etárias mais acometidas foram entre 20 a 49 anos, similar às encontradas no município de Teotônio Vilela. Com relação a sazonalidade do Aedes aegypti ao longo das regiões estudadas no Brasil, apresentou maior incidência de janeiro a março, e abril à maio podendo estender-se até junho. Correlaciona-se o desenvolvimento do vetor aos fatores climáticos, como a temperatura mais elevada e umidade, que tornam o ambiente propício para a maturação dos vetores, e eficiência na transmissão do vírus (ARDUINO, et al. 2020.; ROQUE,SANTOS e MEDEIROS, 2015.; FERREIRA et al. 2018.;BRIGAGÃO et al. 2017.; OLIVEIRA et al. 2018.). Conclusão: Portanto, a adoção de políticas públicas mais efetivas no município de Teotônio Vilela, bem como, em todo o país, implementando medidas de prevenção visando o controle do vetor, educação em saúde e ambiental da população de forma continuada, como também pesquisas minuciosas para correlacionar demais fatores existentes que facilitam a procriação do vetor são necessárias para que se observe uma redução significativa no surgimento de novos casos de Dengue.