Avaliação da soroprevalência para Doença de Chagas em um município brasileiro com a presença de triatomíneo

Autores

  • Tiago Ferreira Albuquerque Tenório
  • Cesário da Silva Souza
  • Leonardo Lopes Fortes Melro
  • Sarah Dominique Dellabianca Araújo
  • Carlos Fernando Rocha dos Santos

Palavras-chave:

diagnóstico, Doença de Chagas, epidemiologia

Resumo

Introdução: A Doença de Chagas (DC) apresenta o quarto maior impacto social e mortalidade entre as doenças infectoparasitárias. É a principal doença negligenciada no Brasil (MARTINS-MELO et al., 2016). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem seis a sete milhões de infectados no mundo. No Brasil, esse número é de 1.156.82 (DIAS et al., 2016). Os maiores custos vêm da fase crônica. A cardiopatia chagásica crônica é a forma clínica sintomática mais prevalente, sendo responsável pela elevada morbimortalidade, com grande impacto social, financeiro e médico-trabalhista. Estima-se que no país ocorram anualmente 6.000 mortes devido às complicações crônicas (ANDRADE, J. P. et al., 2011). As principais causas de morte são: morte súbica, insuficiência cardíaca e tromboembolismo (SIMÕES, M. V. et al., 2018). Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico e sorológico de pessoas que residem nos bairros com endemicidade para triatomíneos na cidade de Maceió – AL. Após coleta de dados sólidos, espera-se que a notificação da Doença de Chagas Aguda (DCA) se torne um fato. Assim, os resultados alcançados serão de grande impacto para a realização de futuras medidas preventivas no âmbito na atenção básica. Logo, poder-se-á prevenir a progressão para a doença crônica e diminuir os gastos com suas possíveis complicações. Metodologia: Estudo epidemiológico observacional com delineamento do tipo transversal analítico. Resultados e Discussão: Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde (MS), não há notificações de DCA em Alagoas desde 2008. Entretanto, moradores de bairros com a presença confirmada do vetor levaram amostras de triatomíneo encontradas em suas residências ao Laboratório Central de Alagoas (LACEN/AL), e, após análise microscópica, confirmou-se a presença do protozoário patogênico. Logo, levantou-se hipótese de que existam casos subnotificados de DCA. Então, julga-se necessário uma investigação mais aprofundada acerca das características clínicas e soroprevalência nos residentes desses bairros, para certificação de casos agudos na cidade. Tendo em vista que a DC torna-se irreversível após a cronificação, faz-se necessário alertar a Secretaria de Saúde e o MS, para que os mesmos possam criar medidas profiláticas e instituir tratamento aos portadores da DCA, pois, com o diagnóstico precoce, o tratamento tem em média 80% de sucesso. Conclusão: Estima-se que em Alagoas há a probabilidade de crescimento no número de casos. Segundo levantamento inicial, as regiões de maiores riscos são Feitosa, Jacintinho e Vergel do Lago, bairros caracterizados pela vulnerabilidade social, baixa renda e ausência de saneamento básico. Portanto, o estudo pode trazer impacto na prevenção e diagnóstico precoce, contribuindo para diminuição de gastos da saúde pública com as complicações da doença.

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Publicado

2022-08-16

Como Citar

Tenório, T. F. A., Souza, C. da S., Melro, L. L. F., Araújo, S. D. D., & Santos, C. F. R. dos. (2022). Avaliação da soroprevalência para Doença de Chagas em um município brasileiro com a presença de triatomíneo. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (7). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/al_sempesq/article/view/13536

Edição

Seção

PROBIC E PIBIC